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A República dos Criminosos

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Definitivamente, no Brasil, o crime compensa. Aqui apenas criminosos comuns tem alguma chance de serem condenados por seus crimes, e mesmo esses não receberão penalidades correspondentes. A justiça brasileira é tão evasiva, letárgica e burocrática que nem mesmo criminosos comuns chegam a pegar sentenças proporcionais aos crimes cometidos.

Para políticos ricos e poderosos, então, contornar a justiça é ainda mais fácil. Indivíduos como Renan Calheiros e Lula da Silva que o digam. Com advogados caros, as conexões certas e amigos dentro do sistema, é possível se livrar até mesmo dos piores crimes cometidos contra a república e a nação brasileira.

Por que ser ético, correto e decente, quando o sistema político dá aos indivíduos incentivos e estímulos em excesso para eles agirem de forma iníqua, deplorável e maligna? Com um sistema legal e jurídico onde a impunidade serve como referência máxima para qualquer tipo de contravenção, a licença para praticar toda a sorte de atrocidades é uma obrigação no império dos crimes.

Com a decisão monocrática tomada recentemente por Edson Fachin, ministro do STF, Lula pode ser inocentado de todas as acusações imputadas a ele pela Operação Lava Jato. De acordo com a decisão de Fachin, a vara que julgou os casos relacionados ao grande líder da seita petista não era a mais apropriada para isso. Como consequência, todos os processos — o triplex do Guarujá, o sítio de Atibaia e os relacionados ao Instituto Lula — muito provavelmente irão prescrever e as condenações possivelmente serão anuladas.

Isso significa que Lula fica elegível para 2022? Sim, definitivamente Lula poderá concorrer nas próximas eleições para presidente da república, embora essa possibilidade não tenha sido confirmada. Não obstante — populista e obcecado pelo poder como é — tudo indica que Lula não perderá essa oportunidade.

Na prática, o STF sempre foi um tribunal à serviço do crime organizado, e acima de tudo, à serviço de Lula e do PT. Portanto, a decisão de Edson Fachin não é nenhuma surpresa, visto que o Supremo trabalha ativamente para favorecer o establishment político e o status quo dos poderosos de Brasília.

E devemos levar em consideração que — buscando restabelecer-se como a força política vigente —, a esquerda há muito tempo lutava ativamente pela liberdade de Lula. Agora, com a total e incontestável liberdade política do líder máximo da ORCRIM, com seus direitos políticos plenamente restabelecidos, a esquerda fará tudo o que estiver ao seu alcance para que ele dispute a próxima corrida presidencial e seja eleito presidente.

Da mesma forma, existe um grande interesse da elite política de Brasília de eleger Lula e derrubar Bolsonaro, visto que assim se tornará muito mais fácil regressar ao estado de coisas da era PT e dominar novamente o país com um projeto de poder fisiológico plenipotenciário, similar ao da Argentina ao da Venezuela e ao dos Estados Unidos de Joe Biden, onde a classe dirigente terá total controle sobre o sistema para perseguir e consolidar suas ambições autoritárias. Como o estado possui uma tendência inerente de crescer e expandir os seus tentáculos de forma irrefreável e contínua, o socialismo sempre acabará invariavelmente incorporado às preferências fisiológicas das elites governamentais.

Da mesma forma — consoante a esse estado de coisas —, a esquerda está desesperada para se restabelecer novamente como a força política dominante, depois de ter perdido a hegemonia plena do sistema com a revolta reacionária de uma sociedade cansada de seus crimes indefensáveis, de sua depravação sórdida e de seus rompantes autoritários, executados sem qualquer receio de cair do glorioso Olimpo majestoso onde ela própria — a esquerda — se colocou.

É importante salientar, no entanto, que ao rechaçar a 13ª vara de Curitiba e considerá-la inimputável para julgar os crimes do ex-presidente Lula, Edson Fachin está cometendo uma série de irregularidades e arbitrariedades jurídicas. Ele não está seguindo a lei, está apenas fazendo a vontade pessoal dele, provavelmente para beneficiar diretamente a ORCRIM. Há muito tempo o STF se tornou um órgão político, mandando a legislação, a constituição e o estado democrático de direito para o espaço. O importante para essa turma é fazer a vontade das poderosas oligarquias políticas que disputam o pleno controle do sistema. Executar a justiça de forma plena e eficiente e fazer o que é correto é uma coisa que nunca passou pela cabeça dos magistrados do Supremo. Até porque a competência legal da 13ª vara já havia sido questionada anteriormente, mas o próprio STF foi favorável à sua validação.

Um possível retorno do PT, no entanto, é um movimento político que vem sendo orquestrado há um tempo considerável. A liberdade de Lula — que foi solto oficialmente no dia 8 de novembro de 2019 —, coincidiu com o 7º congresso do PT, que foi protagonizado pelo chefe supremo da máfia, e que posteriormente se reuniu com os demais membros da organização criminosa para traçar um plano político destinado a conduzir novamente a ORCRIM e seus associados ao poder.

A participação de Lula na próxima disputa presidencial evidentemente não está confirmada; não obstante, é valido salientar que, em virtude do seu caráter intrinsecamente oportunista, é bem possível que o líder máximo da seita petista não irá desperdiçar essa chance única de voltar ao poder. Sabemos perfeitamente que Lula é um verdadeiro mestre do palanque; quando está no palco — com o microfone na mão —, ele se sente o verdadeiro rei da boiada socialista.

Demasiadamente frívolo e ardiloso, Lula sabe como manipular as massas de adoradores idólatras que possui como bem entende, e mente tão bem — com tanta convicção, astúcia e mordacidade — que até mesmo ele acredita fervorosamente nas irracionalidades patológicas que profere em seus discursos saturados de baboseiras genéricas esquerdistas.

Vitimista incorrigível, a ladainha de Lula não muda nunca. Segue sempre a mesma cartilha. Lula é uma contumaz vítima do sistema. Tudo é culpa de Bolsonaro e de Sérgio Moro; ele — Luís Inácio Lula da Silva — é um anjo que caiu do céu, um pobre injustiçado, vítima de lacaios imperialistas, que foi condenado porque "governou para os pobres".

Evidentemente, ninguém acredita na verborragia enfadonha e no solilóquio oportunista do líder máximo da ORCRIM, com exceção dos idólatras que o veneram com fanatismo irracional e que ele manipula com aviltante facilidade, e — justamente por serem completamente destituídos de inteligência e capacidade de raciocínio — são altamente suscetíveis ao festival de falácias e mentiras que Lula regurgita com a convicção de um psicopata desesperado pelo poder.

Sem dúvida nenhuma, o PT irá capitalizar ao máximo sobre essa pequena vitória, alegando que Lula é inocente. Verdadeiros patriotas devem responder ao festival de mentiras que certamente serão proferidas por Lula e difundidas pelo PT expondo sem piedade toda a desgraça que Lula e sua seita demagógica provocaram ao país. Lula enriqueceu banqueiros, corporativistas, políticos e a alta elite do funcionalismo público, em um festival de politicagem, ladroagem e bandalheira inéditos na história.

Como o psicopata irrecuperável que é, o criminoso milionário — que a massa de militantes irracionais, histéricos e imbecis pensa que é um "homem do povo" — possivelmente continuará comprometido com o sórdido e funesto projeto de poder totalitário do seu partido, e muito provavelmente não desistirá dele por nada, a não ser quando morrer.

Despótico e autoritário como é, o PT já mostrou que não deseja dialogar com a população; o importante é hostilizar todos aqueles que são contrários ao seu maligno e sardônico projeto de poder. Em diversas ocasiões, Lula rejeitou enfaticamente qualquer possibilidade de uma autocrítica. O importante é continuar difundindo a fantasiosa ideia de que o PT é uma organização pura, graciosa e sacrossanta e que errados são sempre os outros, assumindo o velho discurso do "nós contra eles" — a arcaica irracionalidade populista que é a marca registrada da organização criminosa petista. Os fatos mostram que o que interessa mesmo para o PT e para os seus associados é a busca cega e obssessiva pelo poder a qualquer custo.

Com tantos aliados nas altas esferas de poder, era evidente que Lula eventualmente ficaria livre para disputar as eleições. Com um sistema político e jurídico marcado pela impunidade, as ricas oligarquias de Brasília tem ampla licença para perseguirem os seus sórdidos objetivos malignos, e podem fazê-lo sem encontrar qualquer resistência por parte das instituições de estado, porque elas dominam em parte sua estrutura. É evidente, portanto, que o objetivo das organizações fisiológicas que controlam o sistema político — e que são a classe dominante de Brasília — é fazer de Lula o próximo presidente, para assim fazer o jogo da velha plutocracia institucional e não ser pertubada com qualquer tipo de oposição.

Em uma busca irrefreável por poder e controle absoluto, as elites políticas desejam restabelecer seus poderes plenipotenciários sobre as instituições de estado. Fica evidente, portanto, que elas governam para elas próprias e não para a população. O objetivo sempre foi lutar para manter benefícios e privilégios, e ter pleno controle sobre a corporatocracia oligárquica em que foi convertido o estado brasileiro.

Não obstante, é importante enfatizar que Lula não é hoje tão importante, nem tem a mesma força política de outrora. Hoje, ele é mais um símbolo da esquerda do que um líder ativo e engajado que pode ganhar facilmente uma eleição. O que Lula possui de mais consistente a seu favor é uma imagem aparentemente boa de um passado distante, que não se sustenta quando os fatos são analisados de forma critica e contundente.

Evidentemente, muitas coisas acontecerão até 2022. E — apesar desta vitória de curto prazo — o PT sabe que não pode considerar-se eleito com plena convicção na próxima disputa presidencial, porque hoje uma boa parte da população tem pleno conhecimento sobre todos os crimes executados pelo partido, que na prática opera como uma organização criminosa.

O PT — por mais que seja um obstáculo fisiológico pétreo do sistema político — não é um organismo imbatível, tampouco invencível. A oposição mordaz, irreversível, inflexível e intransigente de expressiva parcela da população contra o PT permanecerá incólume. A decisão de Edson Fachin só revela como o sistema, cada vez mais apodrecido e combalido, dá os seus últimos estertores, convulsionando em sorrateiro e aflitivo desespero, travando uma árdua luta para se manter e sobreviver.

A verdade é que as instituições de estado estão em colapso — mas acalme-se, leitor. Isso é uma coisa boa. Como há muito tempo elas não trabalham para o bem-estar geral da nação, mas para interesses internacionalistas escusos e depravados — como o Foro de São Paulo, a Internacional Socialista e o globalismo progressista de George Soros —, o sistema político nacional pode corroer suas próprias entranhas imundas se houver uma oposição contundente, autônoma e visceral por parte dos setores reacionários e conservadores da sociedade.

É verdade, no entanto, que essa luta não é uma simples luta de arena. A imprensa vermelha e a militância histérica estão comemorando a aparente "vitória" de Lula sobre o sistema. Julgam finalmente ter o caminho livre para conquistar o poder e dominar o país novamente, com grandes chances de vencer as próximas eleições.

No entanto, a esquerda invariavelmente se perderá em conflitos, alianças e disputas internas pelo poder, que eventualmente irão eclodir quando a eleição se aproximar. Já vimos essa história acontecer antes. Quando as ambições pessoais se tornarem acirradas, a discórdia prevalecerá. É bem verdade que agora — com Lula livre — um cenário dividido é menos provável. No entanto, certas figuras do establishment político não aceitarão ficar em segundo plano, visto que podem assumir o protagonismo de um centro moderado, que se oporá tanto ao bolsonarismo quanto ao lulopetismo, no vácuo eleitoral e ideológico que tentará apresentar ambos como extremos igualmente radicais e perigosos.

Nesta altura dos acontecimentos, no entanto, é bastante evidente que os socialistas totalitários não desistirão de suas prepotentes e autoritárias ambições políticas. Combatê-los novamente passa a ser o principal objetivo de cidadãos brasileiros engajados no curto e no médio prazo.

Certamente, o PT tem aliados poderosos — como o STF —, que já demonstrou inúmeras vezes que está em completa e total oposição à nação, e luta em favor de um establishment altamente malévolo e corrupto, porém discricionário e poderoso. Por essa razão, devemos continuar ativos, em mordaz e contundente oposição ao projeto de poder político da esquerda, que se levanta mais uma vez para provocar o caos e a instabilidade no país.

Se os socialistas estão se insurgindo para destruir e dominar, a população deve se organizar para proteger e salvaguardar. De qualquer maneira, devemos dar uma resposta contundente à desfaçatez do sistema político, que seja correspondente às deploráveis e perniciosas ambições políticas da esquerda socialista e de seu degradante e destrutivo projeto totalitário de poder.

Wagner Hertzog

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