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“Bibi Perigosa”, da vida real, vai à Justiça contra a Rede Globo

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Fabiana Escobar, a “Bibi Perigosa” da vida real, que inspirou a personagem de Juliana Paes na novela “A Força do Querer”, de 2017, entrou na justiça contra a Rede Globo por suspeitar que a emissora carioca não tenha repassado a ela todos os valores referentes aos direitos autorais das vendas da trama de Glória Perez para outros países. Fabiana encontrou discrepâncias nos depósitos bancários e exige que todos os contratos de comercializações internacionais sejam apresentados pela empresa.

O juiz da 43ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, Carlos Sérgio dos Santos Saraiva, determinou, em janeiro deste ano, que a Globo quitasse todos débitos pendentes com a autora da ação. Mas, em fevereiro, a Globo informou que não havia nada pendente a pagar.

Com comprovante de transação bancária no valor de R$ 1.006,40, de novembro de 2020, a emissora alegou que pagou à Fabiana pela reprise da novela, exibida entre 21 de setembro e 12 de março deste ano.

Em outro momento, “Bibi” já havia cedido à Globo os direitos autorais de “Perigosa”, livro que escreveu e inspirou a criação da novela. A venda ocorreu pelo preço modesto de R$ 20 mil. E, caso a trama fosse reexibida na TV aberta, receberia 5% do valor. Ou seja: pouco mais de mil reais.

A TV dos Marinho ainda aproveitou para “alfinetar” Fabiana e disparou:

"A autora [Fabiana] deixa transparecer, em suas manifestações, ser totalmente estranha ao mundo artístico e de direitos autorais, prevendo obter ganhos milionários com a cessão de direitos por ela concedida à ré [Globo], ignorando por completo a realidade do mercado e o fato de a emissora ter celebrado com ela o Termo de Cessão por mera liberalidade", diz o documento.

Fabiana Escobar atenta que há um desequilíbrio grande entre os valores que recebeu por conta das comercializações internacionais. De acordo com a planilha de pagamentos da emissora, a Globo transferiu para a conta dela a quantia de R$ 304.617,54, em uma única parcela, por conta da venda para a SIC, emissora portuguesa. O correspondente da venda para a Semba Studio LLC (Estados Unidos), “Bibi” teria embolsado R$ 1.906,68, pago em cinco prestações. E da negociação com o ARTN, canal de TV armênio-russo baseado em Los Angeles (EUA), recebeu R$ 1.386,75, também em cinco parcelas.

"Tem algo muito estranho aí nessa história. O juiz já mandou a Globo apresentar esses contratos, mas ela não quer. Ou seja, afrontou o juiz. Agora o problema é entre eles. Mas eu faço questão de receber tudo o que me é de direito. Eu sei que eles vão tentar todas as manobras para atrasar o processo. Mas, é até bom, porque quanto mais demora, maiores são os juros que terão que me pagar quando eu ganhar esse processo", alertou.

Em 2018, ela acionou a justiça, pedindo indenização de R$ 500 mil por danos materiais, lucros cessantes, resolução contratual e compensação de direitos autorais à emissora.

Questionada sobre o processo, a Rede Globo disse que não comenta casos sub judice.

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Fonte: UOL

da Redação Ler comentários e comentar