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Ex-atriz Luma de Oliveira pode entrar na mira do MPF

Ex-mulher de Eike, possivelmente munida de informações privilegiadas, negociou ações da MPX às vésperas do acordo com a alemã E.ON

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O inferno astral que atingiu a vida e os negócios do ex-bilionário Eike Batista, pode finalmente respingar em sua ex-mulher, a ex-atriz global Luma de Oliveira.

A Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários (ANA) protocolou nesta sexta-feira uma notícia crime pedindo que o Ministério Público Federal investigue o uso de informação privilegiada por Luma de Oliveira, na compra de ações da MPX, pouco antes de a empresa fechar um acordo com a alemã E.ON. À época, a multinacional de energia adquiriu 11,7% das ações da empresa de Eike. A notícia crime também aponta Eike como culpado por ter passado informação sobre a negociação à ex-mulher.

Segundo o documento enviado à Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, no final de novembro de 2011, antes da divulgação do acordo com a E.ON, que ocorreu em janeiro de 2012, Luma se tornou a maior compradora individual de ações da MPX.

Os minoritários afirmam, com base em documentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entre os dias 22 e 28 de novembro de 2011 Luma comprou mais de meio milhão de ações da MPX. Em 9 de fevereiro de 2012, depois da publicação do fato relevante anunciando a empreitada com a E.ON, Luma vendeu 180.700 papéis. O restante foi vendido em maio daquele ano. A operação rendeu à ex-mulher de Eike ganhos de 27%.

Segundo a denúncia, Luma teria feito "uso de informação privilegiada proveniente de seu ex-marido", já que apenas Eike e alguns diretores da MPX e da holding EBX sabiam das negociações em curso com a empresa alemã.

"(...) A ex-esposa, vizinha e mãe dos dois filhos de Eike Batista, Luma de Oliveira, pessoa notoriamente pouco instruída, subitamente tornou-se a maior compradora individual de ações da MPX", informa a denúncia protocolada nesta sexta-feira pela associação.

da Redação Ler comentários e comentar