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Hoje, 4 de abril de 2021, faz 7 anos que o pequeno mártir Bernardo Uglione Boldrini foi imolado

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O menino Carlos Ramirez da Costa, o "Carlinhos", foi sequestrado no Rio no dia 2 de Agosto de 1973. Tinha 11 anos de idade. E o caso nunca foi resolvido. Até hoje ninguém sabe se Carlinhos está vivo ou morto.

O pai dele e eu, durante anos seguidos, percorremos o país inteiro à sua procura. Nossa maior aliada foi a Imprensa.

Juntos, até à Holanda viajamos para consultar, na cidade de Utrecht, o vidente, paranormal e mundialmente respeitado Gérard Croiset, em busca da indicação do paradeiro do menino. Croiset nos recebeu. Traçou indicações. Mas foi em vão.

Depois, também juntos, fomos a Bogotá nos encontrar com o israelense Uri Geller, outro dotado de poderes paranormais, para que nos ajudasse. Geller, que participava de um Congresso Internacional de Parapsicologia na capital colombiana, nos recebeu no hotel em que estava hospedado . Fez o que pôde. Mas outra vez viajamos em vão.

Recorremos à paranormalidade, a sensitivos, e videntes porque a polícia do Rio não desvendava o crime. Como até hoje não desvendou. Crime perfeito, podemos dizer, 47 anos depois. E eu pensei que o sequestro de Carlinhos fosse o mais dramático caso que me abalou e até hoje me abala emocionalmente.

Mas depois veio o 29 de Março de 2008. Neste dia, Isabella Nardoni, uma criança de 5 anos, foi atirada do alto de um edifício em São Paulo.

O pai de Isabella e a madrasta foram condenados pela Justiça. A morte de Isabella fez aumentar o sofrimento que me acometia desde o sequestro de Carlinhos.

Seis anos depois, em 2014, no dia de hoje, 4 de Abril, outra tragédia. Um menino dócil, meigo e que só queria amor foi brutalmente assassinado. Chamava-se Bernardo Uglione Boldrini.

O Tribunal do Juri condenou os autores do crudelíssimo infanticídio: o pai (um médico), a madrasta e uma outra mulher.

E agora, mais recentemente, no dia 8 de Março deste ano de 2021, morre no Rio o pequeno Henry Borel. Tinha apenas 4 anos de idade.

A criança estava com a mãe e o padrasto, que é médico e vereador do Rio (só os três), num apartamento na Barra da Tijuca.

As últimas notícias são de que a polícia colocou ambos (a mãe e o padrasto) como suspeitos, por causa das múltiplas lesões internas que causaram a morte da criança.

O Laudo de Necropsia do Instituto Médico Médico Legal (IML) aponta "múltiplas equimoses, espécie de manchas roxas no abdômen, infiltração hemorrágica na cabeça, contusão pulmonar".

Enfim, lesões que, segundo a polícia, indicam morte por ação contundente, ou seja, agressiva. Mas caberá à Polícia Judiciária e à Justiça dar a palavra final. Até lá, não se pode culpar nem condenar ninguém.

Desde as pequenas vítimas de Herodes, até quando os chamados adultos vão continuar barbarizando contra os pequenos inocentes, sequestrando uns, desaparecendo com outros e tirando a vida de muitos e muitos outros?

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Foto de Jorge Béja

Jorge Béja

Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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