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Ministro do STF acorda e finalmente resolve investigar crime ocorrido em 1990

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Impunidade é a palavra mágica que ecoa nos ambientes de poder do Brasil, desde seu nascedouro.

A diferença é que, antigamente, as reações do povo brasileiro contra o império da impunidade eram escamoteadas pela ausência de visibilidade das manifestações, fossem elas individuais ou coletivas. O advento da internet e, sobretudo, das redes sociais, mudou a direção da força, digamos assim.

No entanto, algumas ‘autoridades’ ainda não compreenderam a dinâmica deste nosso novo tempo. 

Um extraordinário exemplo da bestialidade (ana)crônica que ulula pelos palácios veio exatamente na sexta-feira, 20 de maio de 2016. Falar dele é importante porque restou notícia perdida em meio às manchetes político-policiais do dia.

Desde o início dos anos 2000, tramita no Supremo Tribunal Federal um inquérito contra o senador Romero Jucá (PMDB -Roraima), atual titular do Ministério do Planejamento no governo da Ana Bolena tupiniquim-libanesa.

A acusação versa sobre supostas emendas parlamentares criadas no Senado Federal por Jucá no final da década de 1990, para beneficiar a prefeitura de Cantá, cidade de 15 mil habitantes no nordeste de Roraima, e que teriam rendido um percentual da verba ‘por fora’.

Eis que, só agora, o relator do inquérito no STF, ministro Marco Aurélio de Mello, decidiu pedir a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Romero Jucá no período compreendido entre março de 1998 e dezembro de 2002, para começar a ‘investigar’ o caso de suposta corrupção.

É ou não é um descalabro?

Vale destacar → Nos termos da legislação em vigor no Brasil, os crimes de corrupção ativa e passiva que podem ser imputados ao senador e ministro Romero Jucá, começam a prescrever em março de 2018 e é grande a possibilidade de terminar em pizza.

Sem espanto, seria mais uma ‘contribuição’ do dileto ministro Marco Aurélio de Mello à bandalheira que assola o país.

Mas, que o eminente togado não se engane: neste momento da História do Brasil, qualquer garantidor da impunidade alheia, impune não ficará. Simples assim.

Helder Caldeira

www.ipolitica.com.br

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