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O golpe, os golpistas e o encontro marcado

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Por que os jornalistas brasileiros falam tanto em golpe? De onde tiraram essa ideia? Por que todos os dias inventam uma nova crise e nela introduzem a palavra golpe?

Os verdadeiros golpistas são os que falam em golpe. Cedo ou tarde julgaremos os políticos covardes e os jornalistas golpistas.

São três as condições que John Kenneth Galbraith, em seu livro “A Era da Incerteza”, estabelece para que um golpe de estado aconteça e seja bem sucedido:

a) A ação tem que ser do tipo "pontapé em porta podre", ou seja, o governo a ser derrubado já tem que estar bem decadente e impopular;
b) É preciso existir um líder determinado, resoluto, capaz de levantar as massas populares;
c) É preciso ter uma massa popular destemida, disposta a morrer pelo líder.

Nenhuma das três condições aparecem atualmente no Brasil. Os que gritam contra o Presidente e contra os 57 milhões de brasileiros que nele votaram, pedindo o impedimento da ordem constitucional, são os que foram derrotados e passaram 23 anos no poder assaltando o país e foram despejados do comando da nação, através do voto dos brasileiros. Despejados, despeitados, amargurados, agora, junto com jornalistas insatisfeitos, falam em golpe. Vejamos as condições:

a) O Governo é forte e não está decadente. O Governo não tem qualquer tipo de “porta podre” que com um simples pontapé de golpistas metidos a democratas caia e se esfacele em mil pedaços. O Governo é popular, mas tão popular que até o aniversário do Presidente, em manifestação espontânea, é comemorado na porta do Palácio pelo povo. É tão popular que sai às ruas e o povo abraça e festeja o Presidente.

E a oposição, e os que falam em golpe e são acobertados por jornalistas, que também falam em golpe e impeachment, como a população os recebe quando saem às ruas?

São todos recebidos com apupos, xingamentos, insultos de tal modo que nenhum se atreve a sair de casa e fazer o que o Presidente faz: visitar o povo, abraçar o povo. E Quando saem estão sempre cercados por dezenas de seguranças. São esses os “democratas queridos pelo povo” que falam em golpe e em democracia.

b) Que líder tem a oposição capaz de levantar as massas populares? Nenhum. Atualmente seu centro de apoio é um analfabeto “de pai e mãe”, como ele mesmo disse, que cumpria pena na cadeia e foi libertado através de chicanas jurídicas e ainda tem vários processos nas costas para responder. É esse o tal líder das oposições.

c) A terceira condição: “ter uma massa popular destemida, disposta a morrer pelo líder”. Isso também não existe, pois o Partido ao qual pertence o tal líder, nas últimas eleições, foi varrido de todas as Prefeituras das capitais do país. Então não existe massa, não existe líder. O líder proclamado pela imprensa é apenas uma miragem. Essa é a realidade.

Apavorados porque não existem líderes e nem as condições para o golpe que alardeiam, inventaram, então, um novo golpe: o golpe de quem já está no poder e não precisa de golpe para governar. Isto é: Bolsonaro aplicaria um golpe contra ele mesmo ao fazer uma simples troca de Ministros prevista na Constituição, pois são todos cargos de confiança e a qualquer momento podem ser substituídos.

A esse novo “gancho” acrescentaram a palavra “crise” e inventaram uma “onda lula” com intuito de beneficiar os petistas e seus satélites comunistas/socialistas: as modificações feitas por Bolsonaro cooptariam as forças armadas e estas tomariam o poder. Mas para quê? Bolsonaro é militar. Os ministros são militares. Já possuem o poder. Fantasia, especulação, tentativa de criar confusão e caos. Como programa humorístico essa ideia foi uma beleza: o que tem o poder aplica o golpe contra ele mesmo. Toma o poder dele mesmo. Só uma oposição sórdida, apoiada por jornalistas sem caráter, sem credibilidade e juízo seriam capazes de divulgar tamanha besteira.

Golpe, senhores, foi o que fizeram aqueles que proclamaram a Constituição de 1988. Esse sim, é o verdadeiro golpe. Nesta constituição mantiveram os direitos dos Reis e Príncipes para as classes dominantes. Mantiveram privilégios que não se encontram em nenhum lugar do mundo, a não ser nas ditaduras mais abomináveis. Exemplo: os que mandam são chamados de Excelência, como os Reis, tem mordomias mil, como os Reis, aumentam o próprio salário quando bem entendem, como os Reis. Comem, bebem, vestem, viajam e enriquecem, tudo por conta do estado provedor, tudo igual a qualquer monarquia europeia do século XVII. Os 513 Deputados têm um orçamento que supera 4 bilhões anuais. Os 11 Supremos têm um orçamento de mais de meio bilhão de reais.

Toda estrutura do Executivo, legislativo e judiciário é monárquica. É uma monarquia fantasiada de democracia. Reis, Príncipes e a Corte de bajuladores, todos a chupar impiedosamente o sangue dos brasileiros que labutam. Direitos, direitos e mais direitos. Tudo podem. Está na lei. Está na Constituição. Essa é a cantilena de todos eles. Fazer o quê? É a lei, afirmam cinicamente, quando alguém reclama, sem pensar que representam o povo que os elegeu para que legislassem para o povo e não para manter as mordomias ilegais que foram introduzidas na Constituição.

Paciência, resiliência, vamos trincar os dentes, pois temos um encontro marcado em 2022. Os deputados federais que se negaram a legislar para o povo serão varridos de seus cargos pelo voto. Os Senadores que se recusam a julgar e punir os 11 juízes do Supremo que maculam ainda mais a Constituição que lhes encheu de mordomias e a interpretam cada um a seu gosto, também serão varridos pelo voto popular. Os Governadores que chicotearam o povo conhecerão a repulsa, em 2022, que está guardada no coração da nação.

Em 2022, Bolsonaro, reeleito, terminará a limpeza começada e será a hora de convocar uma assembleia constituinte para escrever nova Constituição ou reformar a atual, de modo a torná-la mais justa, mais real e com menos privilégios para as classes dominantes.

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Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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