“CPI da Covid pode parecer conspiração planejada contra o presidente”, afirma senador integrante da comissão (veja o vídeo)

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Prestes a ser instalada, nesta terça-feira (27), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 tem dividido opiniões mesmo em partidos de base opositora.

A verdade é que a repentina instalação da CPI tem gerado mais do que soluções, desentendimentos e divergências. Até porque ela já “nasce” combinando entre os integrantes dos principais cargos – todos parlamentares da oposição – um “acordão” entres eles para culpar o presidente Jair Bolsonaro de todos os desvios ocorridos durante o envio de recursos públicos para Estados e Municípios.

A CPI, aliás, foi criada “pronta”. Com endereço certo para ser encaminhada e apenas as supostas ações e omissões do Governo Federal seriam avaliadas. Por disposição do senador do Podemos, Eduardo Girão, governadores e prefeitos foram incluídos na investigação da CPI e terão contratos e ações analisados. A ideia, à priori, seria saber onde foram parar as verbas encaminhadas pelo Governo Bolsonaro para o combate à pandemia da Covid-19. Mas, no que dependesse do “acordão”, apenas o presidente seria “peneirado”.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (26), o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que é integrante da CPI, afirmou que é preciso evitar politicagem nos trabalhos da CPI.

“Temos que observar agora, a confirmar essa composição amanhã, é exatamente como vai ser a linha de atuação. Se há alinhamento de oposição na condução e no exercício nos trabalhos da CPI, isso pode parecer conspiração planejada contra presidente, acho que não é o caminho adequado. A CPI deve ter posição de busca, de esclarecimento daqueles fatos determinados, narrados nos dois requerimentos que deram origem à CPI de maneira equilibrada e responsável”, alertou.

A instalação da CPI preocupa em três frentes principais: composição dos cargos, condução “viciada” e parcial dos trabalhos e a escolha do relator.

“Com relação a esse ou aquele senador assumir a relatoria da CPI, a minha opinião é clara ou direta. O filho do presidente não deveria ser relator dessa CPI. Pela mesma razão, o pai de um governador não deveria, mas isso deve ser avaliado pelo presidente eleito”, afirmou, referindo-se ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é cotado para ser o relator da Comissão, mas o filho dele, Renan Filho (MDB-AL), é governador de Alagoas e será um dos investigados. Por outro lado, uma decisão judicial em ação popular proposta pela deputada Carla Zambelli determinou que Renan seja afastado da relatoria.

Marcos Rogério defendeu, duramente, a necessidade de investigar “o caminho do dinheiro”. Ou seja: os repasses aos demais entes federativos.

“Se a CPI tomar a iniciativa de convidar todo mundo que tem opinião contra ou a favor do Governo, não haverá um trabalho produtivo da comissão”, adiantou.
“É preciso fazer a investigação em relação ao caminho do dinheiro naqueles casos que foram apontadas eventuais práticas delituosas, criminosas, desvio de dinheiro, desvio de finalidade, corrupção. Não é focar só no Governo Federal. Querer convidar quem tem opinião ou palpite com relação a isso ou aquilo contra a governo é uma perda de tempo”, finalizou.

Confira o vídeo:

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Fonte: JPNews

da Redação Ler comentários e comentar