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Cientistas são ignorados. Ministério da Saúde e OMS opinam pela manutenção de Olimpíada do Rio

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O documento assinado por 125 cientistas propondo o adiamento ou a transferência das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em razão do surto do Zika vírus, foi solenemente ignorado pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O grupo de notáveis enumerou como razões para a medida extrema o fracasso verificado no programa de erradicação do mosquito no Brasil e a fragilidade de nosso sistema de saúde.

Composto por cientistas, médicos e especialistas em ética médica de instituições como as universidades de Oxford, no Reino Unido, Harvard e Yale, ambas nos Estados Unidos, eles ainda reforçaram os argumentos mencionando o momento de absoluta instabilidade política e econômica pela qual passa o Brasil, que tornam o problema do Zika ‘impossível de resolver com a aproximação dos jogos’.

O Ministério da Saúde destacou que a doença está presente em 60 países e que o Brasil responde por apenas 15% das pessoas expostas ao vírus. Informou ainda que os Jogos Olímpicos serão realizados em agosto, período em que há uma diminuição na transmissão de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chicungunha.

Em nota, a OMS informou que cancelar, adiar ou mudar o local de realização do evento ‘não vai alterar significativamente a propagação internacional do vírus zika’. Isso porque, o Brasil é apenas um dos locais onde há transmissão de zika e ‘pessoas continuam a viajar entre esses países e territórios por diversas razões’. Segundo a OMS, a melhor forma de reduzir os riscos é seguindo suas recomendações, o que inclui orientação às grávidas para não viajar ao Rio.

da Redação

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