Escritor e capitão da PM mostra como a "Teoria das Janelas Quebradas" pode contribuir no combate ao crime (veja o vídeo)

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Em entrevista à TV Jornal da Cidade Online, o escritor e capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Davidson Abreu, falou sobre os benefícios para os criminosos, como visita íntima, indultos, ‘saidinhas’...

Ele abordou ainda outros assuntos relevantes, como posse e porte de armas. O capitão afirmou que o cidadão tem o direito de andar armado e que ‘é um direito do cidadão a legítima defesa’.

Para Abreu, enquanto o crime proporcionar vantagem ou compensar, vai continuar existindo.

“A lei não está fazendo efeito. Há muito benefícios. A primeira coisa que deveria ser alterada é a lei de execução penal. Porque a pessoa tem a saída temporária, indultos, visita íntima, cometem crimes lá dentro, utilizam celulares...
Todo mundo sabe e ninguém mexe. A segurança pública é um jogo de varetas. Cada uma que você mexe, desmonta outra. É um gasto terrível”, ressaltou.

O Capitão lembrou que, nas saídas temporárias, é esperado que 5% a 10% dos presos não retornem para as cadeias, muitas sem vagas para receber os detentos.

Sobre o Rio de Janeiro, Davidson explicou que há um estado paralelo e que a decisão do STF de proibir a polícia de agir nas favelas foi copiada do Leonel Brizola, quando era governador do Rio. Tal atitude somente fortalece o tráfico e, quando o policial sobe nas comunidades, acaba morrendo em confronto com os bandidos.

Tolerância zero contra o crime

Abreu falou ainda sobre seu novo livro, ‘Tolerância Zero’, que mostra como a Teoria das Janelas Quebradas pode contribuir no combate à criminalidade. A teoria surgiu a partir de um estudo desenvolvido nos Estados Unidos, onde bairros que tinham veículos e residências com as janelas quebradas apresentavam mais casos de violência.

“Em 1969, um professor de psicologia fez um teste com dois veículos, deixando um carro em uma região bem degradada dos Estados Unidos, e outro em uma melhor. Durante certo tempo não houve nada, até que ele foi lá e quebrou as janelas dos carros.
O professor descobriu que, tanto no local mais abastado, quanto no local mais pobre, quando as janelas foram quebradas, os carros foram barbarizados muito rapidamente. Áreas degradadas atraem o vandalismo e a criminalidade. Então a cultura da teoria das janelas quebradas é parar com o jeitinho. Se há a lei, é fazer cumprir a lei. Senão, extinguisse essa lei. Esse é um dos princípios”, ressaltou.

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