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"Vivemos tempos sombrios e loucos" (veja o vídeo)

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O título, dando nome e contexto ao conteúdo, espelha o sentimento diante da situação, do momento, da nossa relação com o espaço tempo, nosso país.

O autor da frase se aposentará de sua função compulsoriamente em pouco mais de dois meses, no entanto, a frase não deixa de ser reveladora, tanto quanto suas palavras em diversos votos proferidos, como fossem contundentes diálogos com seus pares.

Em uma analogia mais realística e contemporânea, independentemente de sua aposentadoria, como diria o gladiador Máximus, “o que fazemos na vida ecoa pela eternidade”. Sua frase encontrou este ponto de cisão, ecoará para a eternidade trazendo a luz uma reflexão das atitudes supremas de um time brasileiro, os onze ungidos.

Das sombras, emergem acontecimentos que se revelam sombrios e nos ensinamentos do famoso psicanalista Carl Jung, um dos mais importantes cientistas da mente humana, revelam os indeléveis e irreveláveis segredos do inconsciente humano, os dilemas morais e éticos e muitas vezes prefere-se não enfrentar.

Quantos dilemas morais seriam passíveis de reavaliação em um time repleto de seres humanos como quaisquer outros e que faria um deles expressar os acontecimentos transformados em fatos diante de seus incrédulos olhos. Para Jung, a maioria dos seres humanos preferem ser absorvidos pelo inconsciente coletivo do grupo a que julgam pertencer do que enfrentar os dilemas morais da própria alma.

Essa premissa demonstra o tamanho da sorte do autor desta célebre frase, não haverá a necessidade de fugir do dilema, tampouco precisará se amoldar ao pensamento da equipe, fora agraciado pelo tempo com o tempo de seu descanso, com o fechamento desse ciclo, com uma nova oportunidade de enfrentar as sombras em outras circunstâncias.

Quanto aos tempos loucos, não tenho como deixar de lembrar a famosa frase de Albert Einstein, um ser humano que dispensa, por óbvio, apresentações, enquanto, creio, não tenha, ainda, sido cancelado. “loucura é fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente.” – disse o cientista. Tamanha lucidez na reflexão nos leva a pensar o quão inteligente e perspicaz precisa ser alguém que percebe que algo não parece ir bem nas circunstâncias e acontecimentos.

Certa vez perguntado sobre como era ser o ser mais inteligente vivo, no planeta, respondeu com grande simplicidade e grande dose de humildade, que deveriam perguntar a ele. Inquirido novamente sobre quem seria ele, respondeu Nicola Tesla!

Esse quadro em minha mente me faz imaginar o que faria alguém que se julga um ser iluminado, do time de ungidos, a debater com alguém cujo sucesso tenha em sua maior expressão, sua célebre imitação de foca. Há um ditado popular que diz que ninguém chuta cachorro morto. No entanto, o ungido iluminado chamado a um debate por alguém que poderia confrontá-lo com justiça, paridade de armas, as armas do conhecimento técnico jurídico, ainda temos um estrondoso silêncio.

Fico imaginando se a mesma pergunta feita a Einstein fosse feita a um dos ungidos, qual seria sua resposta?

O que me resta, diante de tamanho dilema, é relacionar com algumas importantes ponderações sobre a capacidade desse indivíduo de garantir segurança a um processo eleitoral complexo e enorme como o brasileiro e ainda, afirmar que se houvesse voto impresso a judicialização equivaleria ao caos.

Estas palavras emanadas de alguém que faz parte da suprema corte desse país, que tem a pretensão de aprimorar o processo eleitoral, diz muito sobre a frase do aposentando e parece provar quão sombrios e loucos são os tempos que vivemos.

Caberá ao povo brasileiro resolver o dilema moral.

Ainda que uma parte insista em fugir pra não ter enfrenta-lo e passe a bradar que em time que está ganhando não se mexe, a outra parte terá que ser muito maior e organizada a ponto de demonstrar que a segurança jurídica de um processo que possa ser auditado e propicie o apaziguamento de uma nação no momento imediatamente posterior ao pleito eleitoral, vale muito mais que qualquer economicidade judicial e discursos de autoridade garantista, pois, a paz e a liberdade, não tem preço!

Cláudio Luis Caivano. Advogado.

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