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Os “torquemadas” brasileiros

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“Quem se curva diante dos opressores mostra o traseiro para os oprimidos.” (Millôr Fernandes).

Tudo que os donos da CPI: Renan, Omar, Randolfe, o restante do G7 e os senadores de oposição afirmarem é verdade. Tudo que as testemunhas chamadas para arrazoarem na tal CPI e afiançarem é mentira. Essa é a máxima. É a ideia que move a CPI.

Então por que chamam e interrogam as testemunhas, se tudo o que elas dizem é mentira?

Para que servem as testemunhas nesse palco de horrores? Parece que as testemunhas chamadas estão ali, simplesmente, para confirmarem as teorias estapafúrdias dos novos “Torquemadas brasileiros”.

Tomas de Torquemada foi um inquisidor espanhol que atuou no fim do século XV. Nomeado inquisidor-geral pelo papa Inocêncio VIII, perseguiu judeus, agiotas, bígamos homossexuais e bruxas.

Os suspeitos eram chamados e enviados, sem qualquer explicação, aos calabouços da Inquisição para interrogatório.

“Ali, durante os açoitamentos e torturas, o sinistro religioso rezava baixinho enquanto os carrascos aplicavam parafusos nos polegares, arrancavam unhas e dilaceravam a pele dos presos com pinças em brasa”, tudo para que os acusados dissessem o que Torquemada queria ouvir, afirmam os livros de História Geral.

Depois de arrancadas as confissões, os hereges eram enviados a julgamento, quase sempre em praça pública.

Esses eventos eram chamados de “autos da fé”. Mais de 10 mil acusados de feitiçaria e heresia foram condenados à fogueira, que era acendida ali mesmo.

A fogueira no Brasil já está acesa. Os “Torquemadas” tupiniquins tentam, por todos os meios arrancar as confissões.

É patético assistir os “inquisidores” Renan, Omar, Randolfe e senadores do PT, com a voz melíflua ameaçarem as testemunhas de prisão, processos, perda de credibilidade...

É mais patético ainda vê-los dar conselhos ao General Pazuello no sentido de que o ex-Ministro ficará só, responderá a processos e irá para prisão, portanto, é melhor falar, entregar tudo...

Pazuello olha para eles com cara de espanto. Todos são inimigos mortais. A maioria com problemas na justiça, sem nenhum apreço ao exército brasileiro e em frente a um general se mostram “amigos”, dão “conselhos”, isso depois de o chamarem de mentiroso, de faltar com a verdade, de proteger o Presidente...

É espantoso observar essa realidade.

Em comum acordo com “os Torquemadas” está a imprensa.

Vejamos o interrogatório de Ernesto Araújo. Nele, Renan Calheiros, Omar Aziz e Kátia Abreu, aquela que defendeu Dilma com unhas e dentes, afirmaram textualmente que o “Chanceler Ernesto Araújo fez declarações contra a China em seu artigo intitulado “Chegou o Comunavirus”.

"Dizer que o senhor nunca se indispôs com a China, o senhor está faltando com a verdade. Falou em 'comunavírus', disse Omar.

Ernesto explicou candidamente aos ferozes senadores que o artigo “Chegou o Comunavírus”, publicado em seu blog “Metapolítica 17” não se referia à China. Era uma análise do livreto “Vírus”, de Slavoj Žižek, um dos principais teóricos marxistas da atualidade, publicado na Itália”.

Os Senadores “Torquemadas”, ofendidos chamaram Ernesto de mentiroso, pois ele não disse aquilo que queriam ouvir e repetiram, um a um, que ele ofendeu a China e que escreveu um texto com ofensas. E mostravam e citavam o tal texto, onde ficaram impressas as ofensas feitas por Ernesto.

Para completar o” imbróglio”, os jornalistas assessores dos “Torquemadas, através dos jornais O Globo, Folha e Estadão também repetiram que Ernesto atacou a China. Disse novamente Ernesto:

"O artigo não é contra a China. Faço comentários sobre um livro de Slavoj Žižek sobre o que ele chama de ‘vírus ideológico’. A leitura do meu artigo deixa isso claro. Não vejo nada ofensivo à China. É uma designação do que o autor chama de ‘vírus ideológico’.”
“Controlar a linguagem para matar o espírito, eis a essência do comunismo atual, esse comunismo que de repente encontrou no coronavírus um tesouro de opressão”. (Ernesto Araújo – “Chegou o Comunavírus”).

O único jornalista que publicou o artigo e veio em socorro de Araújo, foi Cláudio Humberto, no site Diário do Poder, onde escreveu um texto contestando os senadores e todos os jornalistas, cujo o título é: “Artigo de Araújo no Diário do Poder, citado por Aziz, não critica China”. Parece que é o único que aprendeu a ler e a interpretar textos nestes tempos em que o ensino brasileiro foi tomado por esquerdistas malucos.

Para tirar as dúvidas você pode ler o texto no “Blog Metapolitica 17”: (https://www.metapoliticabrasil.com/post/chegou-o-comunavírus).

Os Torquemadas tupiniquins da CPI ainda não arrancaram as unhas dos depoentes, suas técnicas consistem em expor a vítima, digo o depoente ao máximo, e assassinar sua reputação chamando-os repugnantemente de “milicianos”, de fazer parte de “milícia”, “de gabinetes do ódio”; ameaçando-as de prisões arbitrárias; checando fatos de acordo com suas orientações políticas; e mais uma gama enorme de retaliações advindas de poderosas engrenagens na máquina do poder, através do grupo de senadores denominados de “G7”, que controlam a tal CPI como se donos fossem, censurando e calando os que cometeram o “gravíssimo crime” de discordarem de suas narrativas, como se as pessoas chamadas fossem culpadas e não testemunhas.

O Senador Fábiano Contarato, da Rede, além de jogar confete sobre si mesmo e dizer que foi delegado de polícia, chama as testemunhas e o Presidente de assassinos e pede sua prisão. Diz ele:

"...Sr. Ministro e o presidente da República, as digitais de vocês estão nessas mortes"..."o senhor e o presidente da República irão responder por genocídio...o senhor e o presidente da República devem ser responsabilizados criminalmente...”

Luiz Felipe Pondé, escreveu um texto intitulado: “Carta de Lênin aos wokes”, onde ele diz:

“Olhem que lindo esse trecho de uma carta do Lênin escrita em agosto de 1918 em meio à guerra civil, após o golpe de outubro de 1917 – a fonte é a biografia do Lênin escrita por um general soviético e historiador, Dmitri Volkogonov”:
"Camaradas! O levantamento kulak (camponeses ricos) deve ser esmagado sem piedade [...] deixem-me exemplificar:
1) Enforquem um número não menor que cem [...]
2) Escrevam seus nomes [...]
3) Confisquem seus cereais [...]
4) Façam de modo a que, ao longo de centenas de quilômetros, as pessoas possam ver, saber, tremer e apregoar: eles matam e continuarão a matar [...]
Cumprimentos, Lênin."

Mara Gabrilli do PSDB, nesta quinta, ao final da CPI, desacatou o quanto pode o General Pazuello e depois quando passou a palavra ao depoente, interrompeu, pediu ao “inquisidor-mor”, Randolfe, a palavra de volta e disse que a resposta do General não interessava a ela, que ela usaria os minutos que restavam para discursar ainda mais. Contra o Governo e o General, é claro.

Foi o “gran finale”. A prova mais contundente sobre a parcialidade da CPI.

Finalizo trazendo um conjunto de orientações de Torquemada que ensinava como vigiar os seus vizinhos e a reconhecer possíveis traços de judaísmo:

"Se observar que os seus vizinhos vestem roupas limpas e coloridas no sábado, eles são judeus.
Se eles limpam as suas casas às sextas-feiras e acendem velas mais cedo do que o normal naquela noite, eles são judeus.
Se eles comem pão ázimo e iniciam a sua refeição com aipo e alface durante a Semana Santa, eles são judeus.
Se eles recitam as suas preces diante de um muro, inclinando-se para frente e para trás, eles são judeus."

Como eu disse: a fogueira está acesa.

Os “Torquemadas” procuram as vítimas e não tem a menor piedade por elas. Querem o poder a qualquer preço.

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Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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