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As ofensas recebidas pela médica Mayra Pinheiro e o silêncio sepulcral das feministas

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Quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Senado deveria abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 para, supostamente, apurar ações e omissões do Governo Federal, já se sabia que a investigação abordaria apenas um lado da história. E pior que isso: não só um lado, mas já viria com a narrativa pronta.

Os dias passaram. Os depoentes foram convocados e, pelo tom das perguntas, foi possível constatar a intenção da cúpula da CPI, também chamada de “G7”, grupo de senadores opositores ao Governo Bolsonaro.

Nesse cenário caótico e sórdido, a Comissão convocou a médica Mayra Pinheiro, Secretária Executiva do Ministério da Saúde, para prestar esclarecimentos à Comissão. Ela surpreendeu os parlamentares mais do que eles a ela. Demonstrou firmeza, coerência, profissionalismo, conhecimento e, com a paciência de uma boa pediatra, praticamente “desenhou” seus esclarecimentos diante de senadores que não a trataram com a mesma elegância e dignidade.

“Com todo o respeito”, os parlamentares falavam antes de desrespeitá-la e tratá-la como ré e com direito até a uma ameaça velada: “a gente não quer ser deselegante com a senhora”.

Em todas as vezes que faltaram argumentos aos senadores, o desrespeito e o tom da voz eram utilizados. Exigiam que ela respondesse apenas com “sim” ou “não”, a impediam de dar explicações mais detalhadas, interrompiam a fala da médica e, por fim, a calavam. Era o desespero de quem não admitia que aquela mulher de aparência frágil pudesse ser capaz de ruir o castelinho de areia feito pelos senadores.

Por quase seis horas de interrogatório, essa mulher franzina foi bombardeada e aguentou sozinha a pressão. Mas, em todas, ela manteve a firmeza de uma médica e “dissecou”, literalmente, as intenções malignas de cada um dos parlamentares. Ela foi uma heroína. Deu show de aula e deixou os senadores de joelho em virtude do conhecimento imbatível dela.

Enquanto ela tentava respirar, mas era “afogada” pelas ignorâncias do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e Humberto Costa (PT-PE), nenhuma, mas nenhuma linha mesmo foi escrita nas redes sociais pelas feministas ou por aquele grupo do “se é com uma, com todas” em apoio à Secretária... Enfim, ao que tudo indica, a defesa do movimento feminista depende de quem fala ou do que se fala. Uma vergonha!

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Fonte: R7

da Redação Ler comentários e comentar