Garota, vítima de estupro coletivo, violência e agressão, não resiste e morre no Piauí.

O crime chocou a população de Castelo do Piauí. O clima de revolta tomou conta da cidade

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Um grupo composto por quatro adolescentes e um homem de 40 anos é suspeito de ter cometido uma verdadeira barbárie contra quatro garotas, duas de 17 anos, uma de 16 e outra de apenas 15 anos.

As meninas foram amarradas e brutalmente agredidas, estupradas, violentadas e arremessadas do alto de um penhasco com mais de 10 metros de altura. O crime chocou a população. O fato aconteceu no dia 27 de maio, na cidade de Castelo do Piauí, a 90 km de Teresina (PI).

Os menores suspeitos de participação no crime foram detidos horas após o lamentável ocorrido. O quinto suspeito, Adão José de Sousa, de 40 anos, foi preso dois dias depois pela Polícia Militar quando tentava entrar na cidade de Campo Maior, a 90 km de Teresina.

Uma das meninas ficou com o rosto completamente desfigurado por conta dos espancamentos e fez uma cirurgia de reconstrução da face. A outra teve que fazer uma limpeza no organismo por conta dos vários fluidos estranhos que foram encontrados dentro do seu corpo. Uma outra garota teve o bico dos dois seios arrancados por uma faca, e a outra teve várias perfurações de faca pelo corpo inclusive na coxa e no peito.

Neste domingo, uma das menores agredidas e violentadas, morreu no início da noite. A jovem de 17 anos passou 10 dias internada, cinco destes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu.

A vítima teve esmagamento da face do lado direito, lesões pelo pescoço e traumatismo torácico. Mesmo após procedimentos cirúrgicos, a equipe médica não conseguiu evitar as complicações em decorrência das hemorragias.

Sobre o estado de saúde das outras duas garotas que estão internadas no hospital, o diretor Gilberto Albuquerque afirmou que elas estão conscientes. Na quarta-feira (3), a outra paciente de 17 anos que também estava na UTI melhorou e os médicos decidiram encaminhá-la para a unidade de cuidados intermediários.

A outra menina foi transferida para um hospital particular onde passou por uma cirurgia para retirar fragmentos de ossos na cabeça. Segundo informações de uma tia, a jovem permanece internada, pois os médicos querem acompanhar o quadro clínico. A garota está consciente e seu estado de saúde é considerado estável.

De acordo com a polícia, as garotas teriam saído para tirar fotos em um ponto turístico distante alguns quilômetros da zona urbana, quando foram rendidas pelos quatro menores e mais o homem de quarenta anos.

Dois dos menores apreendidos confessaram o crime e contaram, em depoimento, os detalhes sobre a ação criminosa.

No dia do crime, o clima de revolta tomou conta da cidade. Vários populares se aglomeraram na porta da delegacia e chegaram a atear fogo em pneus em protesto pela falta de segurança.

Os quatro menores estão recolhidos no Centro de Internação Provisória de Teresina (CEIP). Eles responderão pelos atos infracionais equivalentes aos crimes de tentativa de feminicídio, associação criminosa e, caso comprovada, pela prática de estupro.

Segundo a polícia, os adolescente deverão pegar a pena máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é de três anos de internação. Já Adão José de Sousa está preso na Penitenciária Provisória de Altos. A previsão é que o julgamento dos menores aconteça ainda esta semana.

da Redação Ler comentários e comentar