O amigo “Proximus” do Lula: Com nova condenação, pena de Sérgio Cabral vai a quase 400 anos (veja o vídeo)

27/06/2021 às 14:04 Ler na área do assinante

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebeu uma nova condenação no âmbito da Operação Lava Jato.

Conhecido pelo codinome de 'Proximus' na planilha da Odebrecht, Cabral e um grupo de empresários de ônibus da Fetranspor, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro respondiam a processos no âmbito da “Operação Ponto Final 2” (um desdobramento da Lava-Jato), que investigava o pagamento de R$ 43 milhões em propina ao Departamento de Transportes Rodoviários, entre 2010 e 2016, em troca de benefícios para empresas do setor

Com mais esta sentença, de 16 anos e 8 meses, a 20ª dele na Lava-Jato, Sérgio Cabral chega a quase 400 anos de cadeia a serem cumpridos.

Vale lembrar que o ex-governador também foi notícia nas últimas semanas, após apresentar graves denúncias que envolveriam o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o escritório de sua esposa, a advogada Roberta Gurgel, em um possível esquema de venda de sentenças no TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, no período em que Toffoli presidiu a Corte. O acordo de delação em que Cabral apresentou os fatos, entretanto, foi invalidado pelo STF, em maio deste ano.

Sérgio Cabral teve uma intensa vida politica no cenário nacional a partir de 2003, quando assumiu uma cadeira no senado, permanecendo até 2006. Eleito para o governo do Rio em 2007, foi reeleito e permaneceu no cargo até 2014.

Durante todo o período, o ex-governador foi parceiro direto do lulopetismo, ao lado dos governos dos presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Cabral ‘ajudou’ na ‘organização’ de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio, realizada em 2016. A escolha da cidade carioca, entretanto, se deu em 2009, após uma campanha em que ele confirmou ter comprado votos por cerca de 2 milhões de dólares, o que, segundo ele, seria de conhecimento de Lula, conforme delação publicada pela reportagem abaixo, no G1, em julho de 2019.

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/07/04/sergio-cabral-depoe-sobre-compra-de-votos-para-o-rio-sediar-a-olimpiada-de-2016.ghtml

Seria o codinome de Cabral – “Proximus” – algo relacionado à proximidade com Lula? Tal questão, aliás, está longe de ser leviana, pois basta assistir a alguns poucos vídeos antigos do ex-presidiário falando do atual presidiário, quando ainda estavam no “poder”, para compreender o altíssimo grau de confiança, amizade ou mesmo cumplicidade entre ambos.

Abaixo, segue uma curta compilação com apenas dois episódios dessa amizade.

Assista:

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