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Temer compara Joaquim Levy a Jesus Cristo. Será que ele pecou?

O vice comparou as ações do ministro da Fazenda com o sacrifício de Jesus

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O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta segunda-feira que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deveria ser tratado como “Jesus Cristo” devido aos sacrifícios que tem feito ao propor as medidas de ajuste fiscal. Temer repercutiu as palavras da presidente Dilma Rousseff, que disse que Levy não poderia ser tratado como “Judas”.

“Ele tem de ser tratado como Cristo, que sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária e que deixou um exemplo magnífico e extraordinário para todo o mundo”, disse Temer. “O ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar isso. Em um primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Menos Judas e muito mais Cristo”, disse o vice-presidente.

O governo espera vencer o mais rápido possível a fase de votação das medidas provisórias do ajuste fiscal. A pauta é avaliada como “negativa” para a imagem do governo, do ministro e da presidente, que tenta contrapor a crise com uma agenda de lançamentos de programas e investimentos.

Além do desgaste com o arrocho fiscal, o ministro Levy também é alvo de críticas do PT. A maioria do partido está contrariada com a condução da política econômica e tem feito críticas públicas ao governo e à presidente.

Hoje (9), o vice-presidente vai conversar com as lideranças do Senado para traçar o “panorama geral” da Casa. 

No final de maio, o Senado concluiu a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, mas os planos do governo para reduzir os gastos ainda dependem da aprovação do Projeto de Lei 863/2015, que reduz as desonerações da folha de pagamento para 56 setores da economia. A votação foi adiada pela Câmara e deve ocorrer em junho.

da Redação Ler comentários e comentar