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Por que a luta dos 'isentões' contra Bolsonaro é mais do que inútil?

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Uma cena bizarra marcou as manifestações antibolsonaristas do dia 03/07: a expulsão violenta de manifestantes filiados ao PSDB por parte de militantes do PCO. O ato pedia o impeachment do presidente Bolsonaro e parecia ser uma reunião das esquerdas para tal objetivo. Parecia, pois a esquerda chique sentiu na pele o ódio mal disfarçado que os bolcheviques sentem dela.

Os tucanos não estão sozinhos na querela antibolsonarista. MBL, NOVO e tutti quanti também pedem a saída do presidente Bolsonaro. Ambos possuem uma característica em comum: o rótulo de direitismo por parte da extrema esquerda. Tal classificação persiste mesmo com seus membros mais destacados dando provas inequívocas de servilismo ao consenso progressista. Dar as mãos na tentativa de derrubar Bolsonaro é inútil para os militantes enragés.

Mas a ‘’direita menchevique’’ continua acreditando na história da carochinha de que é possível dialogar com a esquerda – e mesmo que há uma esquerda civilizada. Movida por suas inúmeras restrições morais que não passam de pura estética insignificante, ela resolveu atacar o governo Bolsonaro de todas as maneiras possíveis, até mesmo comprando as narrativas estúpidas da oposição. Acreditam que com isso fazem um favor aos liberais e conservadores, alertando-os da podridão moral bolsonarista – que só eles e as esquerdas conseguiram enxergar.

Lamento informá-los, mas isso é pura estupidez. Ingênua ou não, ela custará caro não só ao bolsonarismo nas disputas eleitorais de 2022, mas ao país e – bingo! – aos próprios mencheviques de direita. A realidade não me deixa mentir.

Não é necessário imaginar o significado da volta da esquerda ao poder. Basta olhar para os nossos países vizinhos e atestar o fenômeno na prática. O triunfo dos peronistas na Argentina fez a agenda progressista avançar rapidamente, com resultados econômicos desastrosos aliados a boa e velha perseguição aos conservadores. A Bolívia viu o ditador Evo Morales ser deposto, mas a fraqueza da oposição direitista permitiu um golpe contra a presidente interina Jeanine Añez – ela foi deposta e presa pelos partidários de Morales. O Chile foi tomado por uma onda de manifestações da esquerda que resultou em uma nova constituinte, com a intenção de jogar no lixo os avanços do liberalismo econômico da Constituição vigente.

Alguém poderia falar que tais acontecimentos não se repetiriam aqui, que a nossa República os impede e nossas instituições funcionam. Equívocos grosseiros. A esquerda brasileira está completamente perdida desde o impeachment da ex-presidente Dilma. Caindo do cavalo e percebendo que o povo despreza suas pautas, ela continua grogue sem saber como proceder. Sua reação é a esperada nesse tipo de situação: fulminar os responsáveis pela situação. Políticos, intelectuais e jornalistas de esquerda sentem um ódio indescritível pela derrocada do projeto de poder petista.

Se com Jair Bolsonaro na presidência nós temos inquéritos ilegais, CPIs e censuras das Big Techs perseguindo seus partidários, o que nos aguarda com a volta da esquerda ao governo? Nem mesmo um deputado que possui imunidade parlamentar está imune à sanha totalitária dos carrascos iluminados. Imaginem então o futuro de meros jornalistas como o autor destas linhas. A Lei da Mordaça – de autoria do senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) – já foi aprovada no Senado. Iniciativas similares surgem aos montes.

Alguns mencheviques direitistas podem justificar a oposição ao bolsonarismo por erros do presidente Bolsonaro. De fato, ele se equivocou em algumas ocasiões e iniciativas – nunca deixei de apontá-los. Mas se fingir de cego e não perceber que quem ganha com a derrocada do atual governo é a esquerda é de uma ingenuidade que beira ao cinismo. O cenário eleitoral para 2022 sinaliza uma disputa entre Bolsonaro e Lula, sem qualquer chance de uma terceira via. Bater no presidente Bolsonaro alegando a construção de uma possibilidade inexistente é favorecer formidavelmente o outro lado.

Não pensem que vocês escaparão da fúria revolucionária pelo papel desempenhado na luta antibolsonarista. O que aconteceu na Av. Paulista é um recado muito claro ao que os aguarda. Sinalizar virtude para quem acredita no extermínio dos recalcitrantes à revolução diz mais sobre quem faz isso do que aos militantes do outro lado. Eles não se importarão em persegui-los, devastar suas vidas e até mesmo eliminá-los fisicamente. As 100 milhões de vítimas do comunismo elucidam qualquer dúvida a respeito disso.

Qualquer tentativa de estabelecer uma equivalência entre Bolsonaro e Lula é – na melhor das hipóteses – reveladora do descolamento da realidade de quem a faz. Mesmo com erros e falhas – todo governo tem – na condução de qualquer que seja a área, o governo Bolsonaro é de longe o melhor da Nova República. Trocá-lo pela volta do petismo trará sérias consequências ao país e até mesmo aos que estão dispostos a ajudar nessa infame empreitada. Quem avisa amigo é.

Referências:

1.https://revistaoeste.com/brasil/presidente-do-pco-afirma-que-agressao-a-tucanos-foi-apenas-um-aperit...

2.https://renovamidia.com.br/perseguicao-a-conservadores-na-argentina-por-criticas-ao-aborto/

3.https://brasil.elpais.com/internacional/2021-04-30/parlamento-europeu-qualifica-a-ex-presidenta-boli...

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Carlos Júnior

Jornalista

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