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Uma catequese para o embaixador da China no Brasil

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“Quem é Deus? O Povo é Deus, é o povo que faz história e determina a história”. Este questionamento retórico de Yang Wanming, embaixador da China no Brasil, provavelmente está longe de rivalizar com qualquer outro presente na vasta e rica literatura chinesa, sendo apenas mais um exemplar que lembra a forma de pensar típica da horda de lunáticos e homicidas comunistas que desde 1949 detém o poder na China.

Para compreendermos o que motiva reflexões como a de Yang Wanming, é preciso ter em mente que a trágica experiência comunista na China representa pouco mais de 70 anos de uma história que já acumula milhares de anos, e que a manutenção da usurpação do poder pelos comunistas só se sustenta com um exercício de descontinuar e apagar da memória do povo chinês a milenar tradição cultural de seus antepassados. Na verdade, em qualquer nação, o sucesso do empreendimento comunista só é possível pela ruptura da unidade que há entre a atual geração e as passadas e que se manifesta na cultura, na língua materna e nas raízes e tradições religiosas do povo.

Assim, um exame do clássico Chuang Tzu, escrito por volta do século 4 a.C., nos chama atenção quando lemos:

“Há muitos sobre o céu que aderem as suas teorias e técnicas e que acreditam que nada pode ser adicionado ao que eles possuem. Mas, onde está a antiga ‘sabedoria do Caminho’? Está em todo lugar. De onde vem o espírito? De onde emerge a inteligência? A sabedoria tem em si aquilo de onde ela nasce, a realeza tem em si aquilo do qual ela é formada e ambos encontram sua fonte na Unidade”. [Traduzido de “Wandering on the Way: early taoist tales and parables of Chuang Tzu”, traduzido para o inglês por Victor H. Mair]

Este pequeno trecho do Chaung Tzu se aplica muito bem aos comunistas e, em particular, a Yang Wanming, que acreditam que suas teorias são fechadas em si mesmo como expressão axiomática da verdade e que não comportam nenhum acréscimo quando dizem que “o povo é Deus, é o povo que faz história e determina a história”.

No entanto, mais adiante, o texto do Chuang Tzu desacredita a própria teoria Wanmingiana ao questionar de onde vem o espírito, a inteligência e a sabedoria senão da “Unidade”. Com efeito, qualquer que seja o entendimento que os sábios chineses do século 4 a.C. tinham por “Unidade”, a julgar pela tradição taoísta, ela seria algo não material, intangível e totalmente estranho a ideia de algo que pudesse ser incorporada pelo povo como um princípio que determinasse seu destino.

Infelizmente, Yang Wanming, com menos de 70 anos, é fruto de seu tempo e demonstra bem o suicídio cultural perpetrado pelos comunistas, incapazes de entenderem e se enriquecerem com a sua própria literatura. Mas, não para por aí. Além de desprezarem os clássicos da sua literatura, há uma outra de natureza universal que os comunistas chineses tentam desesperadamente apagar de seu povo e que encontramos na Bíblia.

Longe de terem sucesso em obliterar o povo chinês de conhecer a verdade das Escrituras, sabemos que o Espírito sopra onde quer e não se pode dizer de onde vem e nem para onde vai [Jo 3:8], tampouco é contido pelas forças demoníacas que se manifestam no comunismo, pois pela ação do Espírito seus filhos e filhas profetizarão, os velhos terão sonhos e os jovens visões [Jl 2:28], algo que já ocorre nas inúmeras igrejas da China que o Espírito congrega e que se reúnem as escondidas mesmo sob forte repressão do regime.

Esquecendo a intenção retórica do questionamento feito pelo embaixador chinês, o que pode ser dado como resposta à sua pergunta sobre quem é Deus? Certamente, qualquer resposta que seja biblicamente fundamentada deve incluir a premissa de que Deus é soberano e age no tempo e na forma como quer, de modo que a mera existência do iníquo regime chinês é algo que só ocorre porque Deus assim permite.

O propósito final, contudo, visa a maior glória de Deus pela aplicação da sua justiça e misericórdia, e a certeza que o sofrimento causado pelo regime comunista chinês a milhões de chineses pede reparação e não ficará sem resposta, isso é certo.

De forma mais concreta, e também biblicamente fundamentada, o Deus que Yang Wanming escarnece com a sua retórica é Aquele que na antiguidade, passados 400 anos de escravidão e opressão dos hebreus pelos egípcios, derrotou o exército do faraó afogando-os no mar Vermelho e, semelhantemente, deve ver o numeroso exército chinês como não mais perigoso do que as simples e inúteis figuras terracotas dos guerreiros de Xian.

Quanto ao senhor Yang Wanming, sua verborragia extrapolou a já costumeira arrogância e prepotência demonstrada quando lida com opiniões que lhe incomodam. Não satisfeito, e talvez envaidecido, Wanming entra agora em um domínio perigoso, pois se dirige a Deus sem temor e reverência, sem saber que as palavras e as intenções não passam despercebidas diante de Deus [Herodes experimentou isso como lemos em Atos 12:23], e Paulo também alerta sobre isso em Gl 6:7: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear isso também colherá”.

Pois bem, esse Deus que Yang Wanming não teme e desconhece, no tempo oportuno, haverá de condenar e aniquilar o comunismo da China, libertando seu povo e dando a esta nação um futuro brilhante.

Marcelo Carvalho. Professor da UFSC.

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