Um ano após a prisão de Alex Saab, EUA e Israel preparam mega operação contra o regime criminoso de Maduro

12/08/2021 às 10:08 Ler na área do assinante

Há uma matéria da mais extrema relevância que tem sido remetida a mais exemplar irrelevância. É um assunto de peculiar gravidade e que deve concitar a máxima atenção da comunidade internacional em geral e, em especial, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, onde o Brasil se integra e que deve considerar uma prioridade de sua politica externa (especialmente agora que Espanha será um país empenhado nas oportunidades que a Lusofonia, com destaque para o Brasil e Angola, oferece).

Assinala-se agora um ano que um dos mais proeminentes (e altamente perigosos) “bad hombres” da Venezuela de Nicolas Maduro foi detido em Cabo Verde – referimo-nos a Alex Saab, perigoso criminoso nascido na Colômbia e parceiro de negócios do atual Ministro do Petróleo e de Indústria da Venezuela, Tareck El-Aisami.

Este Ministro de Nicolas Maduro integra a lista dos mais procurados do Departamento de Justiça dos EUA - o que prova, de forma irrefutável, que a Venezuela já não tem Governo – o povo Venezuelano está refém de um grupo de bandidos com as chaves de acesso privilegiado ao Estado.

Dito isto, Quem é Alex Saab? Alex Saab era o homem da máxima confiança e testa de ferro do ilegítimo Presidente da Venezuela, em negócios que envolvem tráfico internacional de narcóticos, prática de atos de corrupção (na Venezuela e em outros países, com políticos amigos do regime chavista-madurista) e roubo pornográfico do povo venezuelano.

Alex Saab – nascido na Venezuela, com passaporte da Antígua e Barbuda, cujo Primeiro-Ministro Gaston Browne é próximo da Venezuela e suspeita-se que haja relações de ‘quid pro quo’ entre o regime venezuelano e o governo deste país soberano, da “Commonwealth”, situado no Mar do Caribe: inserindo-se nestas relações de troca de favores, a emissão do passaporte do país a Saab – tem descendência libanesa e tem colaborado com organizações terroristas no Oriente Médio.

A pedido dos EUA, Alex Saab acabaria por ser detido em Cabo Verde, em Julho do ano passado, não obstante a pressão internacional organizada pelos grupos ditos de “direitos humanos”, de “justiça social” que dão cobertura a regimes criminosos como os da Venezuela e de Cuba, que invocaram – não estamos brincando! – que Alex Saab era um diplomata, protegido pelo regime de imunidade internacional. A Ministra da Justiça de Cabo Verde foi alvo de uma pressão sem freios para libertar Saab, deixando-o prosseguir a sua viagem para Teerã e livrando-o de enfrentar a Justiça norte-americana.

Um herói do narcotráfico internacional a ser protegido pelos novos cavaleiros da “justiça social internacionalista”, pelos órgãos da União Soviética e pelos novos aliados do terrorismo global. Nada de novo aqui, portanto.

No momento da detenção, Saab estaria a completar mais uma operação de transporte de ouro da Venezuela para a Turquia como pagamento pelo fornecimento de alimentos no âmbito do programa socialista “ouro por alimentos”.

Depois seguiria para Teerã para se beneficiar da proteção dos Ayatollahs – aí seria elevado a exemplo e herói nacional por ter resistido à “tirania imperialista” dos EUA. A retórica malvada habitual do malvado regime iraniano…

O interesse do Irã é especialmente relevante nesta sede: Alex Saab e Álvaro Enrique Pulido Vargas (homem discreto que se tornou milionário em função dos negócios com o Governo do Presidente ilegítimo Maduro) criaram diversas empresas ligadas à exploração de petróleo que acabaram por conduzir à pré-falência da empresa petrolífera venezuelana PDVSA, um manto de corrupção da elite socialista venezuelana.

Jose Luis Zapatero, antigo Primeiro-Ministro espanhol, era um dos homens de conexão entre Alex Saab, o regime de Nicolas Maduro e a Europa.

Ora, com a empresa incapaz de produzir, dada as ineficiências geradas pela corrupção, o regime socialista de Nicolás Maduro começou a ter de importar petróleo do Irã dos Ayatollahs. Assim, se garante o financiamento do regime iraniano, ao mesmo tempo que Nicolás Maduro se auto-protege (com a ajuda do Irã e de grupos terroristas ligados aos Ayatollahs) e cede posições importantes, do ponto de vista, geopolítico aos iranianos.

A crescente presença do Irã na Venezuela é uma ameaça muito séria para a segurança nacional do Brasil e dos EUA.

Para além da gratificação pessoal de Nicolás Maduro e seus familiares, o dinheiro lavado – roubado ao povo venezuelano e decorrente do tráfico de droga patrocinado e incentivado pelo regime socialista venezuelano – tem servido para o financiamento de partidos políticos de esquerda, com destaque para o espanhol Podemos, de Pablo Iglésias e para o PT de Lula da Silva/Dilma Roussef, bem como para a atividade criminosa das FARC na Colômbia.

O Governo de Cabo Verde honrou as suas responsabilidades internacionais, provando que é um país exemplar, quer em termos de democracia política e social, quer em termos de respeito absoluto pelo Estado de Direito.

As autoridades de Cabo Verde (a Ministra Janine Santos Lélis e o Tribunal da Relação de Barlavento, em São Vicente) permitiram, nos termos da (sua) lei e do Direito Internacional, a extradição de Alex Saab para os EUA, mais concretamente, para Miami, onde se encontra detido na FDC (Federal Detention Center).

Esta operação mostrou um nível ótimo de cooperação eficiente entre a CIA e a DEA no combate à criminalidade organizada, ao tráfico de droga e lavagem de capitais para financiamento do terrorismo global. A CIA interveio ao mais alto nível com a mobilização da sua unidade de elite, a imbatível Força Delta (CIA Delta Force).

Dito isto, convém recordar que a detenção de Alex Saab não é suficiente para quebrar a rede de criminalidade organizada montada e executada pelo regime venezuelano.

Na verdade, Saab era apenas uma marionete manipulada por Tareck-El Aissami (de ascendência libanesa e ativo do Hezbollah na América Latina) e por outros altos quadros do regime venezuelano. O programa “ouro por alimentos”, mesmo perante o quadro de crise pandêmica, continua sendo gerido por estruturas burocrático-administrativas venezuelanas conhecidas como CLAP – Comité Local de Abastecimiento y Produción.

A estas estruturas, controladas por figuras da total confiança de Nicolás Maduro, cabe a fixação dos preços dos alimentos vendidos aos venezuelanos.

Os homens de Saab e El-Aissami mantêm a suas rendas criminosas em prejuízo do povo venezuelano. O tráfico de droga a partir da Venezuela – com destaque para os portos de Puerto Cabello e do Porto de La Guaira – mantém em níveis insuportáveis, sendo que Portugal , a Galiza e o Sul de Espanha estão constituindo-se como novos hubs de narcotráfico proveniente da Venezuela e da Colômbia, com passagem pelo Brasil.

Os EUA e Israel identificaram o regime narcotraficante da Venezuela e suas conexões na Colômbia como uma das mais graves ameaças à segurança internacional, até pelo seu suporte ao Hezbollah e à causa jihadista à escala planetária. Nicolas Maduro, com suporte dos serviços de inteligência de Cuba, é o líder cimeiro de uma rede de criminalidade organizada que terá de ser quebrada para bem de todos nós.

A CIA – incluindo a sua unidade de elite - , a DEA e a inteligência militar dos EUA (a DIA), em articulação com os serviços de inteligência de Israel (Mossad) têm em marcha uma operação articulada, com targets bem definidos e uma alocação de meios racional com vista à máxima eficiência na derrubada das redes de narcotráfico com suporte estatal, que une pontos geoestratégicos na África, América Latina e Europa. Operação discreta, mas que será bem visível por todos com o incremento da segurança coletiva.

Operacionais da i6s ,Security and Intelligence Service Operations, que coordena ações cirúrgicas comuns de enorme complexidade dos EUA e de Israel, já estão no encalço dos bad hombres de Alex Saab e de Nicolas Maduro por todo o mundo. E o objetivo derradeiro está bem definido: entregar Tareck El-Aissami à justiça dos EUA para que responda por seus atos criminosos.

As informações que nos chegam das declarações de Alex Saab em Miami sobre a Península Ibérica, o Irã e África revelar-se-ão (sem dúvida!) proveitosas para o efeito…

João Lemos Esteves

Articulista. Nascido e residente em Portugal. 

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