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Desembargador, que soltou Cavendish e Cachoeira, ficou afastado durante 7 anos por denúncias do MP

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O desembargador Antonio Ivan Athiê, responsável pela decisão ‘relâmpago’ que liberou o empreiteiro Fernando Cavendish e o contraventor Carlinhos Cachoeira, já esteve envolvido em sérias acusações criminais junto ao Poder Judiciário.

Ele, inclusive, ficou durante 7 anos afastado de suas funções na magistratura, impedido de exercer o seu cargo, acusado da prática dos crimes de estelionato e formação de quadrilha.

Na realidade, o desembargador respondeu duas ações penais. Na primeira, em 2004, foi acusado de falsidade ideológica. O Inquérito que apurava o caso foi arquivado em 2008 pelo ministro Felix Fischer, do STJ. Segundo o ministro, os sigilos fiscal, bancário e telefônico de Athié foram quebrados e nada de irregular foi encontrado

Em 2005, o STJ recebeu nova denúncia contra o desembargador, em que o Ministério Público Federal o acusava de prática dos crimes de formação de quadrilha e estelionato quando ele ainda era juiz no Espírito Santo.

No final de 2011, Ivan Athiê foi declarado inocente, pelo Superior Tribunal de Justiça. O relator da matéria no STJ foi o atual ministro do STF e relator da Lava Jato, Teori Zavascki.

Coincidentemente, foi o mesmo Ivan Athiê que em março de 2014 derrubou o bloqueio dos bens de Fernando Cavendish sob a alegação de que a autorização de sequestro foi ‘precipitada’.

Em seu despacho ele assinalou que o empreiteiro não poderia ser punido apenas por ‘ser amigo, ou ter contato e proximidade com governadores’.

Pelo visto, permanece com a mesma opinião.

da Redação

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