desktop_cabecalho

José Serra parte para o confronto direto contra ditador venezuelano

Ler na área do assinante

O sistema de rotatividade na presidência do Mercosul brindaria o presidente venezuelano Nicolas Maduro com a presidência da entidade.

O ministro das relações exteriores do Brasil, José Serra, irá impedir.

Pelo menos, é o que tudo indica diante das articulações já efetivadas pelo representante brasileiro.

Serra está trabalhando para conseguir a adesão do Uruguai e já tem o apoio da Argentina e do Paraguai, agora livre da punição imposta em 2012 com a queda de Fernando Lugo.

Pelo calendário da entidade, Maduro deveria assumir no dia 12.

Serra se debruçou sobre o caso e constatou que a Venezuela não havia incorporado algumas regras do Mercosul.

Assim, convenceu o Uruguai a não entregar o cargo.

Na próxima segunda-feira (11), os chanceleres dos quatro países se reúnem em Montevidéu para definir como ficará a presidência temporária do Mercosul no 2º semestre. 

A manobra de Serra gerou uma reação imediata do governo venezuelano, que disse que ‘rechaça as insolentes e amorais declarações do chanceler de fato do Brasil’.

E complementou: ‘O chanceler de fato José Serra se soma à conspiração da direita internacional contra a Venezuela e vulnera princípios básicos que regem as relações internacionais’.

Na realidade, a trama do chanceler brasileiro é ainda mais ardilosa. O objetivo é afastar de vez a Venezuela do bloco, sob o pretexto de que o país vive hoje uma ditadura, o que não é permitido no Mercosul.

E, de fato, o governo da Venezuela é hoje uma ditadura. Nícolas Maduro mantém presos políticos, manda a polícia atirar em manifestantes para matar, censura a imprensa e apela a milicianos armados para intimidar opositores. 

da Redação

da Redação Ler comentários e comentar