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A independência do Brasil 199 anos depois (ouça o podcast)

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Antes de mais nada: é preciso deixar claro que a HISTÓRIA sempre apresenta mais do que uma versão, mesmo que não devesse.

Na minha visão existem pelo menos três a considerar:

A “História” que o Establishment julga mais conveniente contar e que serve aos seus propósitos (algo que vemos bem ilustrado em distopias como 1984 de G. Orwel, e seu “ministério da verdade” que determina a história permitida por interesses escusos). Essa abordagem tem o poder de alienar todas as gerações via educação e cultura...e muitas vezes por meio de “leis”;
A HISTÓRIA REAL onde muitos dos fatos que são “escondidos ou reinterpretados”, vem à tona após um “garimpo”... um processo “arqueológico” que poucos se atrevem a empreender, por muitas razões e também, por momentos em que há grande mobilização social;
A interpretação OPINATIVA baseada em fatos, produzida por aqueles que, buscando enxergar além da superfície, se propõe a ler as entrelinhas baseados na segunda hipótese e conhecendo a primeira, sendo, portanto, um trabalho árduo que requer dedicação, inteligência, resiliência e, acima de tudo: coragem.

A análise que quero apresentar aqui, está relacionada a essa terceira hipótese...

Atenção: esse artigo é relativamente longo. Se preferir, ouça a versão Podcast (áudio) que está posicionada em link no final desta página.

Vamos em frente?...

Se você pensa que a Independência do Brasil ocorreu, de fato, em 7 de Setembro de 1822, talvez devesse fazer uma boa viagem ao passado e entender em que circunstâncias esse fato ocorreu, como ocorreu e porque ocorreu, além dos desdobramentos que a “independência” promoveu que mudou o curso da história do Brasil.

Talvez assim, cheguem à conclusão de que o 7 de Setembro de 2021 pode sim, ser o nosso “grito de independência”, de verdade, 199 anos depois da data que simbolicamente conhecemos como sendo a de nossa “INDEPENDENCIA”, algo que jamais ocorreu verdadeiramente, visto que não nos tornamos INDEPENDENTES e muito menos livres em 1822.

É claro que o 7 de Setembro, carrega sim, esse simbolismo e pode ser uma inspiração para que de fato nos tornemos um povo livre, como não temos sido, principalmente nos últimos tempos em que vemos de forma evidente o APARELHAMENTO DAS INSTITUIÇÕES que promovem um “loteamento” nefasto das riquezas do País...e me refiro à corrupção endêmica que sempre permeou a política brasileira em detrimento da população: algo que se fazia na calada da noite e hoje se faz às claras, o que torna o momento crucial para nosso futuro...e futuro é algo que começa no presente, à partir de uma conscientização dos “atores” que se aglutinam para promover mudanças fundamentais capazes de mudar o curso da história.

Assim, temos algo que somente se tornou visível e evidente pelo surgimento das REDES SOCIAIS e pela ação inesperada da OPERAÇÃO LAVA JATO, mesmo que ela venha sendo sufocada (o império contra ataca), que trouxe à tona uma insatisfação latente de quase 5 SÉCULOS e que, inclusive elegeu o atual presidente, rompendo uma cadeia de comando que parecia impossível...mas aconteceu, o que gera um aparato monumental visando inviabilizar o atual governo, que fere os interesses da corrupção (das Oligarquias que detém o poder e agora cada dia mais global) que sempre esteve presente na nossa história “Republicana” e fincou pé nas Instituições com uma força monumental.

Mas os fatores que citei fizeram a sociedade e a maior parte da população se engajar e ganhar voz...uma voz que agora tentam calar de todas as formas.

Quero convidá-los a uma breve visão histórica do processo nos trouxe até aqui:

Nessa viagem (uma espécie de “ligar-os-pontos”), sem maiores dificuldades, podemos verificar que o Movimento de dominação e Subserviência que nos foi imposto por Portugal a partir de 1536 (sim, a Coroa levou quase 4 décadas desde o chamado descobrimento para chegar à conclusão de que tínhamos algo de valor a ser explorado, nesse caso, iniciando pelo pau Brasil), não teria mais fim e foi apenas mudando o foco e ajustando o discurso e o modus operandi, algo que certamente teve início entre 1534 e 1536 com as 14 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS criadas por D. João III para EXPLORAR inicialmente o Brasil (e que 16 anos depois viriam a ser retomadas pela Coroa Portuguesa produzindo novos desdobramentos).

Daí em diante teria início também, a odiosa “importação de gente” (o conhecido tráfico de escravos africanos que os Portugueses haviam iniciado em 1444, portanto antes mesmo do descobrimento) para explorar e sugar os recursos naturais das suas colônias, o que incluía o Brasil e que traria para terras Tupiniquins, mais de 4 milhões de Escravos Africanos que se somariam aos 3 milhões de indígenas que viviam por aqui em 1.500 (segundo dados da FUNAI), representando cerca de 1.000 etnias, a maior parte delas distribuídas pelo nosso litoral e que foram as mais atingidas num primeiro momento pela SANHA EXPLORATÓRIA LUZITANA, dando início a algo que não teria mais fim.

Cabe lembrar que a Abolição da Escravatura em 1888 teria sido motivada por questões financeiras e não HUMANITÁRIAS (um escravo era mais caro do que um trabalhador comum)...uma vez que com a Abolição os Negros se tornariam párias da sociedade naquele momento, ou seja, nem mesmo o processo abolicionista, ocorreu como descrito em boa parte das narrativas históricas sobre o tema.

Nascia dessa forma, a partir da década de 1530, um processo de EXPLORAÇÃO E SUBSERVIENCIA do qual jamais nos livraríamos, mesmo com vários levantes e movimentos revolucionários que foram, sem exceção, desbaratados e aniquilados ao longo da nossa história (como por exemplo, a Inconfidência Mineira, que também teve sua história romanceada).

Esse processo migratório também daria origem a uma miscigenação, algo positivo, que determinou a síntese racional (pela interação étnica de índios, Africanos e Portugueses, inicialmente e depois por uma infinidade de outros povos a partir de 1808 com a abertura dos portos) que nos diferenciaria da maioria dos povos no mundo, e imprime em nós uma riqueza cultural extraordinária: um “acidente genético” e cultural que determinaria a amalgama da qual somos feitos: e essa é a base de um povo maravilhoso, muito especial e que possui um sentido de NACIONALIDADE único no mundo (como bem disse Peter Drucker, o pai da administração, que atribuiu a esse fator, a nacionalidade: “a maior vantagem competitiva do Brasil” ao que eu acrescentaria as condições naturais (terras e clima) e biológicas que ninguém no mundo tem igual).

UMA HISTÓRIA DE LUTAS E DERROTAS

Não, o “grito de Independência”, supostamente proferido por Dom Pedro I em 7 de Setembro de 1822, não seria mesmo a exceção, como falei: o “grito do Ipiranga” seria na verdade, a transformação do Brasil de uma Colônia de Portugal para uma Monarquia da Coroa Portuguesa: uma forma sofisticada de manter o Status Quo do processo de Subserviência do Brasil, tendo como primeiro Imperador Dom Pedro I, como sabemos.

É claro, que a chegada da Família Real em 1807, fugindo das tropas Napoleônicas, seria mera coincidência, não é? Assim, saíamos de um Império Colonial para uma Monarquia Real em 1822, o que certamente mexeria com o “jogo do Poder e as Oligarquias que foram constituídas em terras Brasileiras”, principalmente a partir das Capitanias Hereditárias, séculos antes, e que nos levariam a muitos outros conflitos que culminariam 67 anos depois da chamada Independência, com o golpe de Estado promovido por essas Oligarquias Rurais, principalmente, que surgiram com o regime exploratório dos ciclos (comodities e minérios).

Chegávamos à famosa “Proclamação da República” em 15 de Novembro de 1889... algo que a “história” nos conta de forma “romanceada”, porém enganosa.

Desde o que chamamos de “Independência”, mas principalmente depois da República e até hoje, passaríamos por modelos de EXPLORAÇÃO devidamente consignados e “resguardados” pelas sete constituições da nossa história (1824, 1891 (esta já sob medida para os poderes Oligárquicos), 1934, 1937, 1946, 1967 e a famosa 1988, talvez a mais Oligárquica de todas), mas em nenhuma delas os Brasileiros seriam um Povo Independente e jamais nos livraríamos dos REGIMES DE EXPLORAÇÃO que nos caracterizaram desde 1536, cada vez mais sofisticados aos longo da nossa história.

Tais fatos, em geral, definem o desenvolvimento das potências econômicas, algo que nos separa, por exemplo, dos EUA: nós como Explorados (etnicamente “povos novos”) e eles como Colonizados (etnicamente povos “transplantados”). Eles com menos riquezas naturais e pior clima do que a gente, mas com liberdade e democracia de fato (não sem lutas), preservada numa ÚNICA CONSTITUIÇÃO que possui apenas 7 Artigos e 29 emendas, contra a nossa sétima (a de 1988) com seus 245 Artigos e 116 emendas (fora as milhares que tramitam no parlamento, além do emaranhado legal feito pra confundir e direcionar) feitas sob medida para preservar o regime de “exploração” hoje mais sofisticado obviamente e que determina na prática, a “ingovernabilidade” dos presidentes (poder executivo).

O fato é que nunca fomos INDEPENDENTES e livres dos interesses de grupos hegemônicos que sempre comandaram o Brasil: mesmo que tais grupos tenham sofrido mutações ao longo dos anos, como é o caso agora onde o Metacapital (Globalista) mostra suas garras, como estamos vendo e não apenas no Brasil: O BRASIL É A BOLA DA VEZ depois do que vimos nos EUA nas últimas eleições.

Um “GRITO DE INDEPENDENCIA” VERDADEIRO

E não, não me refiro a um GRITO do Presidente em exercício como seria o caso, já que o suposto grito da Independência foi proferido (se o foi) por um virtual IMPERADOR.

Pela PRIMEIRA VEZ NA NOSSA HISTÓRIA temos um movimento que luta, pacífica e CONSTITUCIONALMENTE, por DEMOCRACIA e LIBERDADE (em todos os sentidos)...

E ESSE GRITO PERTENCE AO POVO... À MAIORIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.

Neste dia 7 de Setembro, o que ouviremos é UM BASTA DOS BRASILEIROS a todo tipo de tirania e manipulação que fez a população refém de interesses, antes “inconfessáveis” e hoje, estampados e visíveis À LUZ DO DIA, como nunca em nenhum outro tempo.

Quanto mais o ESTABLISHMENT se debate e se ARTICULA, mais evidente se tornam os seus reais interesses, que são contra os interesses do BRASIL e dos BRASILEIROS, como sempre e há séculos...só que agora isso mudou: a maioria da população não aceita mais ser EXPLORADA e ROUBADA pelos interesses de CRIMINOSOS sempre presentes nos leilões do poder.

As cartas estão na mesa e nenhum de nós terá uma oportunidade melhor para resgatar, 199 anos depois, a INDEPENDENCIA REAL do BRASIL.

Como disse a nobre “Ministra”:

“O CALA A BÔCA JÁ MORREU” e o Brasil pertence aos Brasileiros!

Passou da hora de pegar de volta!

LINK PARA A VERSÃO PODCAST (AUDIO)

Quebraram as nossas pernas!

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“Velhas raposas” da política, através da malfadada CPI, comandada por figuras nefastas como Aziz, Renan e Randolfe quebraram nosso sigilo bancário. Nada irão encontrar.

O TSE, por sua vez, determinou a desmonetização do JCO. Uma decisão sem fundamento, sem qualquer intimação e sem o devido processo legal. Quebraram nossas pernas!

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JMC Sanchez

Articulista, palestrante, fotografo e empresário.

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