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Ministro Barroso, os espíritos formam um reino inalcançável aos humanos e eles não sofrem derrota nem vitória

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Luis Roberto Barroso, aqui sou eu, Jorge Béja. Nos conhecemos de longa data. Já nos enfrentamos num rumoroso processo na Justiça do Rio. Você (advogado), em defesa da Souza Cruz, fabricante de cigarro. Eu (advogado, também), na defesa de crianças que ficaram órfãs, de viúva que ficou sem o marido e de pais que ficaram sem o filho, que morreu por causa do "tabagismo pesado", conforme atestou o médico e consta na certidão de óbito do vitimado.

Poderia tratá-lo de Você. Mas prefiro Ministro, cargo que ocupa no Supremo Tribunal Federal.

Ministro Barroso, sua cultura jurídica é indiscutível.

O ministro Barroso pode carregar nas palavras, nas orações, na retórica...

Pode dizer tudo que lhe vem à mente, porque é certo que nenhuma palavra, nenhuma frase terá palavreado grosseiro.

Mesmo porque o ministro é delicadíssimo no trato com as pessoas.

É compreensível que defenda a Corte que integra e que defenda seus colegas de toga.

Mas ministro, não enverede por um mundo que o ministro e nem ninguém conhece. Que nunca conheceu, que não conhece e que nunca irá conhecer.

Não trate o ESPIRITO, que em cada ser humano habita, como algo que possa ser palpável, dimensionável, corpóreo e sensível ao que é humano. Ao que é mundano, melhor dizendo.

Na sua fala desta quinta-feira, sentado na cadeira presidencial do Tribunal Superior Eleitoral, saiu de sua boca esta expressão:

"A INCIVILIDADE É UMA DERROTA DO ESPÍRITO".

Ministro, ESPÍRITO é passível de sentir vitória ou derrota? Ministro, ESPÍRITO tem sentimento?

ESPÍRITO tem começo, meio e fim no tocante à sua existência?

ESPÍRITO tem categoria?

O ministro tem intimidade com os ESPÍRITOS?

Porta-voz dos ESPÍRITOS?

Não, ministro Barroso. Este é um mundo impenetrável e que a mente humana não foi feita para entender, nem mesmo tatear.

O senhor falou por falar. Falou por dizer, crendo que os ESPIRITOS, tais como nós, os humanos, são mortais. São sensivelmente frágeis. E que sua existência não é divina, mas humana, mesmo após deixar de habitar o mundo corpóreo.

Ministro, o mistério da vida e da morte, e do que acontece depois da morte, são indagações que nem os escritos sagrados de Israel, nem nos Vedas, nem nos escritos de Confúcio, nem na pregação de Tirtankara, de Buda, nem nos poemas de Homero, nas tragédias de Eurípedes, de Sófocles, muito menos nos tratados filosóficos de Platão e Aristóteles, encontrou resposta.

E não será o ministro Barroso quem desvendará o mistério. Ainda assim, o senhor ousa dizer que a incivilidade "É UMA DERROTA DO ESPÍRITO".

Ministro Barroso, julgue seus processos. Profira seus votos. Dê suas decisões sobre o que lhe chega às mãos sobre os conflitos entre os Humanos. Mas nunca mais fale pelos ESPÍRITOS. Porque todos Eles integram um Reino, um Mundo impenetrável, metafísico, misterioso e indesvendável...

Quebraram as nossas pernas!

O Jornal da Cidade Online está sofrendo ataques escancarados.

“Velhas raposas” da política, através da malfadada CPI, comandada por figuras nefastas como Aziz, Renan e Randolfe quebraram nosso sigilo bancário. Nada irão encontrar.

O TSE, por sua vez, determinou a desmonetização do JCO. Uma decisão sem fundamento, sem qualquer intimação e sem o devido processo legal. Quebraram nossas pernas!

Precisamos da ajuda de todos os patriotas.

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Jorge Béja

Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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