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Gravação revela cobrança de R$ 100 mil para não delatar

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A bandidagem é realmente incomparável na sua ânsia para levar vantagem e ganhar dinheiro.

A Justiça precisa ficar atenta para um eventual nicho que está se formando: o mercado de delação premiada no esquema de corrupção da Petrobras.

Os canalhas parece que resolveram cobrar para não delatar. Chantagem explicita.

Pelo menos é o que se deduz através de uma gravação de áudio anexada a um dos processos da Operação Lava Jato em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF).

Alexandre Margotto, ex-sócio do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, pede dinheiro para não dar depoimentos contra Funaro.

‘Eu quero estar do lado do Lúcio e que ele não me desampare financeiramente nem juridicamente. Mas eu já quero cem pau agora, R$ 100 mil’, diz Margotto.

Funaro está preso preventivamente, sob acusação de ser operador de Eduardo Cunha em um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal.

Na gravação, Margotto conversa com um sujeito identificado como Bob, que questiona a Margotto o que ele poderia falar sobre a disputa entre Funaro e o grupo Schahin.

‘Não depor contra ele já é um grande favor. Eu sei toda a história do Schahin’, diz Margotto, que afirma que Funaro ‘comprou um juiz que eu arrumei’.

Na sequência, a anunciada delação de Margotto acabou não prosperando e Funaro acabou sendo preso por suspeita de envolvimento em outras atividades ilícitas.

Tudo isso só demonstra a imensidão do mar de lama.

da Redação

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