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Doria, Mandetta e Moro, reunidos em um jantar, simbolizam o retrato do ‘fim da terceira via que sequer conseguiu existir’

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O site Congresso em Foco publicou matéria com detalhes sobre um encontro – publicado primeiro pelo O Globo – ocorrido no último dia 30 de setembro, mais especificamente, um jantar que reuniu na mesma mesa, o governador de São Paulo, João Doria Jr., o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o ex-ministro da justiça e ex-juiz, Sérgio Moro.

Segundo a publicação, o objetivo seria buscar uma agenda em comum para, quem sabe, unir forças e formar uma espécie de “chapa” com candidato a presidente, vice e, provavelmente, senador, e que tudo dependeria ainda de coligações partidárias que envolveriam, obviamente, o PSDB, provavelmente, o Podemos, que teria feito um convite de filiação à Moro, e ainda “o que sair” de uma fusão – ainda em discussão – entre PSL e DEM (este, o partido de Mandetta).

A ‘chapa’ buscaria ainda o apoio de outras legendas e, segundo informações também do Congresso em Foco, de grupos – ainda que esvaziados e sem apelo popular – como o Movimento Brasil Livre (MBL), o que se comprovaria com um encontro realizado, horas antes do jantar, com os líderes da organização.

Entre outros detalhes do que teria sido dito no jantar, que Doria não abrirá mão de ser candidato à presidência, e de que teria insistido para Moro sair a senador, tendo em Mandetta seu candidato à vice considerado ideal. Mas sabe-se, entretanto, que o Podemos quer Moro como candidato ao Palácio do Planalto.

O ex-juiz teria dito que tomou uma decisão, mas que apoiaria partido ou candidato que se comprometesse a combater a corrupção e que defendesse pautas como a retomada da prisão em segunda instância.

Do que foi publicado, caso seja verdade, Doria aguarda as prévias do PSDB, que será disputada contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e mesmo sem qualquer garantia de que sairá vitorioso contra o gaúcho, age como o candidato escolhido e realiza encontros, o que pode ser considerado uma atitude arrogante e individualista para a direção e os correligionários do partido. A ação de Doria vai ao encontro da velha máxima “venceu de véspera, mas perdeu no dia”.

Moro segue com seu discurso de combate à corrupção e continua agindo como juiz – cargo que jamais deveria ter abandonado, mas resta saber se, de novo, na hora de colocar seus dons em prática fora dos tribunais e na praça pública da política, terá nova crise de inanição, preferindo sair correndo com o ‘rabo entre as pernas’ e apontando culpados. É possível, sim, considerá-lo um bom candidato ao senado, mas teria condições psicológicas para ser um vice-presidente de alguém como Doria, cujo ego atropela quem estiver pela frente?

Já sobre Mandetta é muito fácil concluir que está ali mais como alguém que aguarda “a sobra”. E em seus mais doces sonhos, tal sobra é uma boquinha de vice-presidente, seja de Doria, de Moro ou de qualquer outro candidato que venha a competir para o comando do executivo. Se Mandetta, por ocasião do impossível, um dia viesse a ser vice-presidente da República, muito provavelmente se tornaria o mais invisível dos homens, o objeto figurativo mais inanimado da história do Palácio do Planalto, tal sua insignificância política e seu nulo apelo popular. O que se sabe sobre Mandetta é que “teve a sorte” de ser o ministro da Saúde de Jair Bolsonaro e que, na primeira chance de fazer seu trabalho de verdade, falhou miseravelmente, preferindo dar conselhos absurdos como “fique em casa até não mais conseguir respirar”.

Outro detalhe que não pode passar em branco nesse jantar é o local do encontro. A casa do dono da Editora Três, Caco Alzugaray, que edita a revista IstoÉ. A publicação tem feito uma série de capas com ataques sistemáticos e contínuos ao presidente da República, só abrindo brechas, eventualmente, para reportagens principais em que exalta os opositores de Bolsonaro. Entre elas, uma em especial, de 26 de janeiro deste ano, chama a atenção, citando Doria como o “homem que trouxe a vacina contra o coronavírus para o Brasil”, uma fake news ignorada pelos checadores de plantão.

Em dezembro, a mesma IstoÉ noticiava, sem uma única virgula de contestação, a decisão do governo de São Paulo em aumentar a verba para publicidade institucional (ações do governo) em 70%, passando de cerca de R$ 90 milhões em 2020, para mais de 150 milhões em 2021, em plena crise econômica e em meio a gastos excessivos em função da pandemia. E eis que já em janeiro, Doria surge posando para uma foto típica de candidato, na capa da IstoÉ!

De tudo isso, sabemos que Doria caminha para a maior vergonha de sua vida pública, sem votos, talvez ainda na prévia de seu partido, onde já coleciona muitos desafetos. O PSDB sabe que não tem chances de vencer com o governador paulista e entende que uma virada de mesa, com uma "cara nova", jovem e com o apelo ideológico LGBT+, poderia, talvez, levá-los mais longe.

Moro deveria, de uma vez por todas, colocar os pés no chão, buscando uma provável candidatura ao senado – da qual não deve sair vitorioso - e parando por aí, enquanto aguarda a sorte voltar a lhe sorrir. Quem sabe, desta forma, o presidente eleito em 2026, resolvesse lembrar dele na hora de indicar alguém ao cargo do STF, oferecendo o merecido prêmio pelo trabalho realizado à frente da Lava Jato.

Já Mandetta, bem, logo os demais perceberão que ele é um personagem que apenas surfa temporariamente na onda da oposição a Bolsonaro, e que vai deixar de existir politicamente, logo após o primeiro turno, em outubro do ano que vem, rumo ao ostracismo definitivo.

Este é o retrato “de um dos muitos braços que se intitulam como terceira via”. Pessoas que tentam se unir, desesperados, contra Bolsonaro, mas que, juntos, não conseguem reunir sequer os 10% do tradicional e limitado eleitorado de Ciro Gomes – o mesmo que foi xingado e chutado pelos esquerdopatas no último sábado.

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