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Carta para a 'pianista' Lola Astanova: "Leia o que tenho a dizer para a senhora" (veja o vídeo)

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Neste site Jornal da Cidade Online, há anos que escrevo e publico artigos, convidado que fui por seu combatente, patriota, erudito e destemido editor, jornalista José Tolentino. O site tem muitos leitores e comentaristas, todos também eruditos e de muito bom gosto. Os artigos que escrevo, em sua maioria são jurídicos. Exponho os fatos e os acontecimentos do Brasil e do mundo sob a ótica do Direito. Mas escrevo também sobre outros variados assuntos, como este, que dirijo à dona Lola Astanova, por causa de suas "exuberantes" (!) aparições nas redes sociais.

Dona Lola, sou advogado há mais de 40 anos. Sempre advogando na Cidade do Rio de Janeiro, onde nasci, cresci e me formei e sempre morei. Mas também toco piano. Não posso dizer que sou um pianista. Mas sei tocar piano. E só toco músicas clássicas. Quando jovem, já dei concertos. Até no exterior. Todos beneficentes. Mas o ganha-pão veio e vem mesmo da advocacia. E advocacia só para pobres e vitimados. Dona Lola, tudo o que a senhora toca eu também toco. Talvez sem a sua agilidade. Toco mais vagarosamente. Mas toco com sentimento, com recato e, quando em público, sempre vestindo terno ou fraque e casaca, como manda a tradição, ainda que não seja eu um pianista profissional.

Mas entre a senhora e eu, melhor dizendo, entre a Dona Lola e todos os pianistas clássicos do mundo inteiro, já falecidos e ainda os que estão vivos, existem marcantes diferenças. Além da senhora imprimir uma celeridade incompatível com as partituras das peças que a senhora executa ao piano - e nenhum outro pianista toca assim -, e além da senhora tocar sem alma e enfiando o pé direito no pedal do piano como se fosse o "acelerador" de um automóvel, a senhora se traja com vestuário ridículo para a ocasião. Vestuário inadequado. A senhora profana e sensualiza o que não é para ser profanado, muito menos sensualizado.

Ao se apresentar com este seu gestual e esta sua vestimenta sumária, sensual, própria das "garotas" que se exibem nas vitrines da cidade de Amsterdam - e não vai aqui o menor preconceito contra elas, as "garotas" da vitrine -, e jamais para uma pianista talentosa como a senhora é, aqui vai severa crítica, severa censura à senhora. Tanto me faz comparar seu gesto - sensual para uns, deplorável para outros -, a um padre, que deixa os paramentos litúrgicos de lado e celebra a Santa Missa de bermuda e camiseta.

Dona Lola, respeite a memória de Fréderic Chopin e de todos os demais compositores clássicos.

Dona Lola, respeite a memória dos brasileiros José Feghali, Arnaldo Estrela, Edson Elias, Jacques Klein, do padre salesiano Marcello Martiniano Ferreira, Edith Bulhões e muitos outros pianistas brasileiros que se vivos fossem também deplorariam sua exposição pública, na execução das peças, no gestual e no vestuário.

Dona Lola, inspire-se em Martha Argerich, em Nelson Freire, em Eudóxia de Barros e muitos outros talentos que observam a liturgia do que é clássico.

Respeite a memória de Artur Rubinstein, de Witold Malcunzinki, Cláudio Arrau, Vladimir Horowitz, Badura Skoda e centenas de outros que já não estão mais entre nós e que só fizeram elevar e difundir, divinamente, a música clássica com seus "toques" magistrais e sempre "a rigor", como recomendam a tradição, o recato, a decência, e a liturgia reverente, devidas aos que compuseram as peças e devidas a todas as pessoas que a assistem.

Dona Lola, não fique aborrecida comigo. Desde o momento que a senhora se expõe para o mundo na Internet, o mundo passa a ter o direito de comentar, aplaudir, criticar e dizer o que sente.

Veja o vídeo

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Jorge Béja

Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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