O Jornalismo relevante não é o que denuncia, mas, o que apresenta os fatos, isento de paixões e ideologias

23/11/2021 às 19:24 Ler na área do assinante

Neste domingo (21), o jornal “O Estado de S. Paulo” publicou um artigo de opinião sob o título:

“O Jornalismo ainda mais necessário”
“Perante um governo hostil à transparência e aos fatos, o jornalismo torna-se ainda mais relevante. Sem a imprensa, o orçamento secreto ainda estaria funcionando”.

Aparentemente parece não haver novidades.

Mas, em uma análise mais minuciosa é possível constatar que esse jornal toma para si todos os méritos de um “jornalismo investigativo” ou de “árbitro social” que denuncia “fatos” ocorridos no governo Bolsonaro. Curiosamente não apontou nenhum fato positivo.

Segundo o autor desse texto, a hostilidade aos meios de comunicação independente por parte de Jair Bolsonaro começou em 2018.

Depois, após Bolsonaro assumir a Presidência da República transformou essa hostilidade em “política de governo”, a ponto de editar medidas provisórias e documentos com o único objetivo de “prejudicar os órgãos de imprensa”.

No artigo, o autor alega que Jair enganou os eleitores com discurso de liberal e de defensor das liberdades civis, mas, que sua “política sempre esteve voltada à apologia da ditadura militar e da tortura”. Portanto, nada entende sobre liberdades e garantias fundamentais e muito menos sobre os problemas nacionais.

Diz que essa oposição do presidente à imprensa tem efeitos concretos sobre o País. E dá como exemplo as relevantes informações que a imprensa deu ao cidadão. E questiona:

“Perante tal cenário, é de perguntar: como seria ter de enfrentar a pandemia sem a imprensa? O que seria se cada cidadão tivesse, como fontes de informação, apenas o governo e os blogs alinhados ao Palácio do Planalto? Jair Bolsonaro tentou esconder até mesmo o número de mortes diárias pela covid no País”.

Acusado de direcionar verbas públicas para aliados parlamentares, mais uma vez o jornalismo investigativo se vangloria:

“Foi o jornalismo que revelou, por exemplo, a liberação recorde de verbas para parlamentares às vésperas da votação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados”.

Para resumir, de acordo com esse jornal, as instâncias de controle, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) não apontaram a falta de transparência do governo. Afirma que sem o trabalho da imprensa, o governo Bolsonaro continuaria escondendo da população a sua forma ilícita de governar. Que audácia!

Com a sua visão megalomaníaca o Jornal “O Estado de S. Paulo” que já tem nome de santo, tenta uma promoção para si mesmo.

Coloca-se como importante meio de informação à sociedade, que apesar da perseguição do governo, “tem o direito de saber”.

Recortei do artigo os pontos mais relevantes para rebater aqui.

Busquei identificar alguns princípios da ética jornalística tais como a relevância, utilidade pública, objetividade, verdade, precisão, imparcialidade. Encontrei um jornalismo opinativo, destrutivo e militante.

A relação de Bolsonaro com o jornalismo e a imprensa começou desde que era deputado. Polêmico em suas posições, sempre foi tratado com perguntas abusivas e desrespeitosas por repórteres de TV e de jornais. E a relação ficou ainda mais difícil depois que assumiu a presidência.

É justo dizer que a extrema imprensa do Brasil odeia o Presidente e literalmente quer que ele morra! Declaram isso todos os dias em seus falidos jornais e agonizantes canais de TVs.

É justo dizer que o presidente faz crítica e é hostil para com os meios de comunicação? Ou será que ele apenas reage às perguntas abusivas? Ele é apenas vítima de uma imprensa de esquerda que não importa o que diga, sempre estará errado.

Todas as outras acusações aqui expostas por esse jornalista são parciais e distorcidas.

Os “fatos” desse jornal "O Estadão" não correspondem aos fatos.

"O verdadeiro profissional, o jornalista sério de verdade é, na execução de sua função, moralmente ético e objetivo ao levar informações e fatos a público, não as distorce e nem as manipula em prol de pessoais vantagens." (Mônica Christi).

A imprensa séria faz o mesmo.

O jornalismo torna-se ainda mais necessário em tempos em que a verdade está ofuscada pelas mentiras ou narrativas.

Perante um jornalismo hostil à transparência e aos fatos, a VERDADE torna-se ainda mais relevante.

O jornalismo precisa sair do campo das paixões. Assumir o compromisso com a verdade, sempre ouvindo os dois lados e ser o mais imparcial possível.

Bernadete Freire Campos

Psicóloga com Experiência de mais de 30 anos na prática de Psicologia Clinica, com especialidades em psicopedagogia, Avaliação Psicológica, Programação Neurolinguística; Hipnose Clínica; Hipnose Hospitalar ; Hipnose Estratégica; Hipnose Educativa ; Hipnose Ericksoniana; Regressão, etc. Destaque para hipnose para vestibulares e concursos.

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