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Mesmo após ‘calote’ de Dilma, PT recorre à OEA contra o impeachment

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Ao assumir a presidência em 2011, a presidente afastada Dilma Rousseff suspendeu a contribuição do país à OEA (Organização dos Estados Americanos) e retirou de lá seu embaixador. Era uma retaliação ao pedido da comissão pela interrupção das obras da hidrelétrica de Belo Monte.

O Brasil só fez as pazes com a OEA no segundo mandato de Dilma, quando indicou novo embaixador e regularizou suas contribuições.

Todavia, em razão da crise econômica brasileira, um novo ‘calote’ viria a acontecer neste segundo mandato.

Hoje o país deve à OEA, entre contribuições de 2015 e 2016, cerca de US$ 20,58 milhões (R$ 64,5 milhões). É a maior dívida de um país com a entidade.

Mesmo assim, o PT resolveu pedir ajuda ao organismo internacional, através da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, para que interceda no processo de impeachment em curso no país.

Essa nova e derradeira tentativa petista de evitar a iminente ‘degola’ de Dilma Rousseff, parece mais uma encenação ridícula. O PT nunca deu o devido respeito à OEA e manteve o Brasil sem representação na entidade durante mais de quatro anos.

Sobre o calote e a legitimidade de Dilma de recorrer à comissão, o deputado petista Wadih Damous (RJ) dá uma explicação: ‘Isso não retira a legitimidade de ela procurar a comissão. Um cidadão que deixa de pagar impostos não tem direito de procurar o Judiciário?’, questiona ele.

O senador tucano Antonio Imbassahy (BA), vê como bizarra a iniciativa petista de pedir socorro à comissão e avalia como uma ‘contradição’, que ‘não terá nenhum efeito senão ridicularizar mais ainda um partido que já atravessa dificuldades’.

De qualquer forma, seja qual for a decisão da OEA sobre o assunto, o efeito é apenas político, sem qualquer sanção por um eventual não cumprimento.

da Redação

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