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Os sábios e o ladrão

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Bem que poderia o título corresponder a um conto natalino. Bem que gostaria de falar de coisas amenas nesta semana do Natal, porém a luta que se trava por um Brasil melhor não nos dá trégua. Então, vamos lutando.

Tenho observado que tortura o verdadeiro patriota a certeza de que até o próximo pleito eleitoral em outubro de 2022 e, depois deste, por longo tempo ainda teremos que combater muito para, no mínimo, assegurarmos aquilo que conquistamos em 2018, isto é, para continuarmos mantendo fora da direção do País e longe dos cofres públicos todos quantos jogaram o Brasil no caos social, político e econômico.

Atarantados estão os que, ante a força da reação do establishement venal e corrupto, quedam-se incrédulos porque o inimigo ainda não foi completamente dizimado. Há os que se sentindo mais confiantes do que podiam, vão dormir sossegados dentro de suas vidinhas. Há os que, exaustos de tanto ver o mal prevalecer aqui e acolá, já até consideram a possibilidade de deixar o País e, afinal, há a grande maioria que sabe que a luta contra os vermelhos apenas está começando.

Considerem que o Brasil não é um País qualquer, nem seu povo uma gente comum. Nosso pessoal tem uma força para resistir que outros povos não possuem. Esta é real e existe – e como existe – tanto que é consabido que se trata de um povo que nunca desiste, que não perde a esperança, até porque tanto lhe subtraíram nos últimos 35 anos que, além da liberdade, pouco ou quase nada tem para entregar e, sendo desta maneira, só lhe restar resistir.

Perseverar é a palavra de ordem. Para o homem de bem o exemplo vem de longe, varou os milênios, está nas Santas Escrituras, na trajetória da “Sagrada Família”, que só sobreviveu para criar o Menino-Deus, porque lutou e se protegeu da sanha criminosa e destruidora dos reis e dos poderosos. Aqui, igualmente, a família brasileira, crente e unida, tem se mostrado indestrutível, apesar das torpes tentativas daqueles que a insultam diariamente, porque pretende destruir a cultura judaico-cristã e os nossos valores.

Não há o que temer. Existe um velho brocardo que assegura: “quem pode mais, pode menos”. Tão simples assim. Perceba o meu caro leitor. Em 2017, todos nós viemos de uma desgraceira absoluta. Não tínhamos nada e o mal sistêmico estava instalado no poder, há mais de três décadas. De FHC a Temer todos urdiram contra a chegada da “Nova Ordem Brasileira”, não só diretamente como fez a petralhada, mas, também, por de trás dos panos, com fizeram as demais quadrilhadas travestidas de partidos políticos.

Surgiu o tal de Bolsonaro e sua proposta patriótica, marchamos ao seu lado, derrotamos todos.

Foi um tempo bom, mas que durou pouco, só até os patifes se reagruparem. Era bonito ver os petistas rodando de cabeça baixa e com as mãos nas costas, como detentos em pátio de presídio.

De antemão, digo que não fico vencido em face do que o inimigo poderá fazer e isto porque não há como se ter certeza do quanto é capaz este tipo de pessoa que tem a coragem da inconsequência e a ousadia da irresponsabilidade. Como ensina o velho ditado popular, nós que colocamos o Capitão no Planalto “somos os cesteiros que fizeram um cesto, poderemos fazer um cento destes”.

Os 70 milhões de patriotas que foram para as ruas, espontaneamente e de graça, no dia Sete de Setembro deste ano, simplesmente não desapareceram porque seu grito de liberdade restou desdenhado ou porque a velha mídia-lixo e seus “jornazistas” os esconderam, como se nunca existissem. Estão todos aí e cada vez mais oprimidos e mais revoltados.

Sim os “Setenta Milhões da Independência”, isto é, aqueles que disseram um não rotundo para as bandas podres do STF e do Parlamento; igualmente os que padecem, sem voz, diante das afrontas e dos vilipêndios dos Mandarins das Cortes Superiores contra o Poder Executivo e contra o homem comum, mas a favor das urnas fraudáveis; ou, também, os que não engolem a existência de presos políticos no País e a libertação de criminosos sanguinários; ou aqueles que estão amargando a oficialização do roubo de 5,7 milhões de reais para os patifes fazerem campanha eleitoral; ou ainda os que têm ânsia de vômito quando veem uma “porcariazinha” da Globo propagar, com base em pesquisas de opinião falsas e deturpadas, que o “criminoso internacional” se elegerá presidente do Brasil no 1º turno e muito mais. Enfim os verdadeiros brasileiros são muitos e o esperado é que se revoltem em definitivo, mais cedo ou mais tarde.

A esta altura dos acontecimentos não está difícil identificar os “Contras” de todos os matizes, inclusive os “songamongas terceirosviistas”. Basta seguir qualquer daqueles que encontrarão todo o bando junto. Por exemplo: Lula com Alkimim e Kassab; Ciro com Manuela do PCdoB; Doria com as bichocas tucanas; Moro com qualquer Calabar de plantão e por aí vai.

O rega-bofe que reuniu o criminoso internacional Lula da Silva – acusado por Pollo Carvajal, ex-general de Maduro - e Alkmin não me surpreendeu nada e, a meu sentir, só serviu mesmo para que a turma dos “terceiroviistas”, principalmente a dos sábios críticos do bem se desmoralize de uma vez por toda, como correligionários “in pectoris” do Ogro, que são realmente. Nem poderia ser diferente, pois afinal, como diziam os antigos, para explicar por que os ladrões igualmente se respiram de perto: “asinus asinum fricat” (o burro se esfrega no burro”).

Com argumentos tão enganosos quanto calhordas, os “Contras” pregam a volta de qualquer um ao poder, todos comprados pelo “Ouro de Lula”, justo quem, desde quando o STF o livrou das grades, sustenta sujas campanhas políticas, aqui e no exterior, visando tomar de assalto novamente esta Terra de Santa Cruz”. Falam de tudo ou mentem sobre qualquer coisa por conta de seu “antagonismo patológico” ou dos seus movimentos de burregos livres (MBL).

Desde o óleo vazado nas praias do Nordeste a pedido do PT para a Venezuela de Maduro, até a risível acusação de charlatanismo contra o Presidente eleito, já inventaram tudo.

Por último dizem que a Amazônia está em chamas por causa do agronegócio; falam que a gasolina está cara; que o gás de cozinha subiu assustadoramente; que existem milhões de desempregados e outras lampanas de que não me recordo agora e por tudo culpam o Capitão e seus ministros.

Para exemplificar, vou falar, em rápidas pinceladas, acerca do preço elevado dos combustíveis no Brasil, cuja responsabilidade, diferentemente no mundo inteiro, grosseiramente se quer jogar nas costas do Presidente da República, mesmo sabendo que ele nada pode fazer para enquadrar a “Mega Estatal do Óleo” que, a exemplo da Vale do Rio Doce, já devia ter sido vendida há muito tempo, pelo que, tal como a Vale, teria escapado do roubo da petralhada.

Nesta semana assisti a uma entrevista do Presidente da Petrobrás esclarecendo, didaticamente, que dentre muitos fatores, de ordem interna e externa, que dão causa a esta situação singular – da qual se locupletam os nababos da Estatal e seus rentistas e pelos ônus responde o povão na bomba de gasolina e no botijão de gás – diz respeito ao fato de que a Petrobrás está terminando de pagar a ação indenizatória ao povo americano que entrou na justiça por causa dos roubos de Lula e Dilma que quase fizeram a empresa falir. Como o povo americano compra ações da Petrobrás e foi prejudicado por causa dos roubos, estamos pagando a indenização no valor de “880 bilhões".

Por fim perguntou o atual Presidente do “Monstro da Av. Chile”: “Esse valor sai do bolso de quem?” O duro é que nós, nossos filhos e netos pagaremos isso pelo resto de nossas vidas.

Somemos aos 880 bilhões os 500 Bilhões de desoneração fiscal para as montadoras amiga da petralhada, mais 700 bilhões desviados do BNDES, mais 100 bilhões roubados dos fundos de pensões, além de 247 bilhões desviados da saúde e igualmente 1 trilhão que enviaram para 30 obras no exterior ou gasto com a Copa e com as Olimpíadas. Tudo isso contado comprova que perdemos no mínimo 2.5 trilhões que correspondem a pouco mais do que o nosso PIB (2.1 trilhões) e que pesará no bolso do povão ao longo dos próximos 100 anos.

Os vermelhos destruíram a Nação Verde e Amarela; assassinaram opositores; deixaram milhões de chefes de família morrerem à míngua; destruíram sonhos; aliaram-se aos piores “narcoditadores” do mundo e agora estão se reunindo com antigos comparsas que mantinham ocultos e com os advogados de bandidos (ou bandidos da advocacia?) para voltarem, todos juntos. Ora, me poupem, é muito descaramento!

Assim, quando vejo um mequetrefe daqueles da terceira via pousando de iluminado, de sábio ou de crítico do bem, metido a conhecer economia e administração pública, admitir que arrisca ter de volta a corja que o povo, em última análise, escorraçou de dentro do Planalto, somente porque, adoecido de inveja e de despeito, torce o nariz contra Bolsonaro, tenho ímpetos de sacudir o idiota, só para ver se acorda de seu surto esquizofrênico.

Todavia é Natal e os patriotas, embora pintados para guerra, estão em paz consigo mesmo, porém os “Contras” certamente que não. Os que têm um pouco de brio devem ainda amargar o lamento de dor da Pária traída, que lhes diz a todo o momento: “Então é assim que me tratas? Então, para você valho menos do que aqueles que roubaram minhas esperanças?”

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José Maurício de Barcellos

Ex-Consultor jurídico da CPRM-MME. É advogado.


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