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O golpe milionário da Oi que lesou trinta mil pessoas

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Os crimes de formação de quadrilha, estelionato, patrocínio infiel e lavagem de dinheiro, fazem parte de um milionário esquema para lesar clientes da ‘Oi’ no estado do Rio Grande do Sul.

O esquema foi montado pelo diretor jurídico da ‘Oi’, Eurico Teles, em conluio com o advogado gaúcho Maurício Dal Agnol, proprietário de um grande escritório com sede em Passo Fundo (RS) e unidades em diversas cidades do estado.

O escritório de Dal Agnol, que representava mais de 13 mil clientes no estado, conseguiu bloquear nas contas da companhia, em favor de sua clientela, R$ 638 milhões.

Eurico subornou Dal Agnol. Em troca da liberação de apenas 50% do valor devido e o consequente encerramento das ações, ele pagou ‘por fora’ para o advogado a bagatela de R$ 50 milhões.

Dal Agnol, no entanto, decidiu ficar com muito mais que os R$ 50 milhões. Ele embolsou boa parte dos outros R$ 300 milhões que serviriam para ressarcir seus clientes, cujas ações, em muitos casos, já haviam transitado em julgado. Apenas uma ínfima quantia era repassada, com a omissão do valor real obtido nas ações.

A participação do chefe do jurídico da ‘Oi’ na fraude, só foi descoberta quando na investigação do ‘nó’ dado por Dal Agnol em sua clientela, a Polícia Federal encontrou numa sala secreta na casa do advogado, um contrato particular firmado com Eurico, estabelecendo o pagamento dos R$ 50 milhões.

Na realidade, o golpe de Maurício Dal Agnol contra os seus clientes foi muito maior.

Como já dito, ele conseguia ressarcir o dinheiro para o acionista minoritário da Oi (proprietário de uma linha telefônica), recebia a grana, mas repassava um pequeno valor para o cliente, que, em regra, não desconfiava de nada. Era um dinheiro inesperado.

Ao longo da investigação, denominda Operação Carmelina em alusão a uma das pessoas lesadas por Dal Agnol, a PF descobriu que o advogado recebeu mais de R$ 2 bilhões com essas ações e ficou com cerca de R$ 1,6 bilhão.

Um golpe bilionário.

da Redação

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