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Encontro de Bolsonaro com Putin causa 'calafrios' em Biden, que confessa "preocupação"

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O secretário de Estado do governo de Joe Biden, Anthony Blinken, afirmou ao ministro das Relações Exteriores do Brasil que enxerga com preocupação a visita oficial do presidente Jair Bolsonaro a Vladimir Putin, marcada para 14 a 17 de fevereiro.

Em ligação telefônica, Blinken pediu uma posição mais incisiva do governo brasileiro contra a ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia.

O governo ‘progressista’ de Joe Biden parece não ter entendido a importância estratégica do Brasil nesse novo cenário internacional, tanto que, desde a aposentadoria do embaixador Todd Chapman, a embaixada dos EUA está sem titular no país.

Apesar do governo americano ter indicado a diplomata de carreira, Elizabeth Frawley Bagley, ela ainda não assumiu a embaixada americana em Brasília. E, de qualquer forma, ela não tem background para confrontar o agressivo embaixador chinês Yang Wanming.

Apenas pedir ao Brasil que aja daquela ou desta forma para atender os interesses americanos é inócuo. Os EUA tem que se posicionar como aliado leal ao Brasil quando enfrentamos a pressão chinesa ou bravatas do presidente francês Emmanuel Macron falando de ‘internacionalizar a Amazônia’. 

Mesmo assim, em entrevista à Rede Record, o presidente adiantou que não vai tratar sobre o conflito na Ucrânia em sua visita à Rússia:

“Os países tiveram problemas no passado semelhantes a esse. A gente espera que tudo se resolva, com tranquilidade e harmonia, o Brasil é um país pacífico. 
Agora, obviamente, se esse assunto vier à pauta, será pelo presidente russo, não pela nossa parte. Queremos é cada vez mais integrar com o mundo todo na relação comercial, e poder colaborar, no que for possível, para a paz mundial”, tranquilizou o presidente Bolsonaro.

A política externa americana desde a posse de Biden parece estar nos anos 50, na guerra fria quando o grande rival dos EUA era a Rússia (URSS, à época).

Os governos da América do Sul estão caindo, um a um, nas mãos da esquerda: Venezuela, Argentina, Bolívia, Chile e o principal aliado desses países não será a Rússia, muito menos os Estados Unidos mas sim, a China!

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Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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