O Globo inventa uma maneira de se insurgir contra a diminuição de impostos
27/02/2022 às 07:47 Ler na área do assinante
Foto reprodução
Nenhuma preocupação com o cidadão. Nenhuma preocupação com a sociedade. O objetivo da Rede Globo é tão somente atacar o presidente Jair Bolsonaro. Nada mais.
Por decreto, o presidente reduziu, no dia 25 de fevereiro, em até 25%, as alíquotas de IPI dos produtos da linha branca e automotivos, geladeiras, fogões, máquinas de lavar, automóveis.
Ora, de acordo com cálculos informados pelo Ministério da Economia, essa redução do IPI representará uma renúncia tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022, de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e de R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024.
Para justificar a renúncia tributária, o governo destacou que a arrecadação federal em janeiro de 2022 somou R$ 235,3 bilhões, sendo volume recorde que representa 18,30% de aumento em relação ao mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação do período.
"Há, portanto, espaço fiscal suficiente para viabilizar a redução ora efetuada, que busca incentivar a indústria nacional e o comércio, reaquecer a economia e gerar empregos. O decreto entrará em vigor imediatamente e não depende da aprovação do Legislativo".
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a redução do IPI ao enfatizar que a indústria é o setor mais tributado da economia no país.
De acordo com a entidade, a tendência é haver uma redução dos preços dos produtos industriais, com impactos na inflação, já que os preços do segmento representam 23,3% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Porém, na visão do jornal O Globo, ‘a redução linear na alíquota do IPI vai reduzir as receitas dos entes federados em R$ 11,923 bilhões neste ano, sendo R$ 6,066 bilhões para os estados e R$ 5,857 bilhões para as prefeituras, segundo projeção do Comitê de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz)’.
Isso porque, segundo o jornal, a arrecadação federal com o tributo é compartilhada pela União com esses entes via Fundos de Participação.
O assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, tenente Mozart Aragão, não perdeu tempo, deu a resposta e fez a devida ‘correção’ na notícia do jornal:
“Já começou a choradeira.
Corrigindo: Vai deixar de retirar R$ 11,923 bilhões do bolso dos brasileiros!”
Perfeito!
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
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