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A “Nova Desordem Mundial: Não há mais mocinhos e bandidos como antigamente

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Estamos vendo, ao vivo, operações militares russas dentro do território soberano da Ucrânia em uma escala que a Europa não via há décadas. Triste.

A Ucrânia é o segundo maior país da Europa depois da Rússia e foi membro fundador da União Soviética em 1922. O país recuperou sua independência em 1991, após a dissolução da União Soviética.  Ou seja, a Ucrânia quase sempre foi um satélite da União Soviética (URSS).

No início de 2014, protestos em massa na capital Kiev, na praça conhecida como Euromaidan, forçaram a saída de um presidente amigo da Rússia, Viktor Yanukovych, que havia se recusado a assinar um acordo de cooperação com a União Europeia.

Naquela época, a Rússia fomentou uma rebelião separatista no leste da Ucrânia e mais tarde assumiu o controle de parte da região. Embora um acordo de cessar-fogo tenha sido formado em 2015, as linhas de frente não mudaram desde então. Quase 14.000 pessoas morreram no conflito e ainda há 1,5 milhão de pessoas deslocadas internamente na Ucrânia.

Enfim, essa guerra na verdade não começou agora, mas há muitos anos.  Putin não gostou de ver a Ucrânia tentando fazer parte da União Europeia e da OTAN, o que permitiria a colocação de mísseis nucleares do Ocidente na vizinha Ucrânia.  

Quem está tentando entender o que acontece na Ucrânia usando rótulos ultrapassados fica confuso. 

Tivemos a semana mais doida dos últimos tempos:

- Bolsonaro visitou Putin antes do conflito, mas certamente não teve culpa de nada.  A velha mídia se apressou a desacreditar a visita presidencial.    
- Cuba defendeu o direito da Rússia de se defender.   
- O PT defendeu a Rússia, mas apagou o post.
- Na Hungria, manifestantes cantam “Imagine” de John Lennon em frente à Embaixada Russa.
- Miss Ucrânia pega numa metralhadora e posa para fotos.
- O Presidente da Ucrânia veste roupa camuflada (para não ser visto?) e posa para fotos.   
- EUA e Europa investiram bilhões armando a OTAN, mas agora só fazem sanções comerciais contra a Rússia.   
- Um vídeo aterrorizante de um tanque atropelando um carro em Kiev durante o ataque russo viralizou nas mídias sociais.  O civil dentro do carro sobreviveu.  Até agora não se sabe se o tanque era russo ou ucraniano. 
- Cenas de civis ucranianos abandonando suas casas e se refugiando no metrô com seus pets comoveram o mundo.
- O Brasil votou no Conselho de Segurança da ONU a favor de uma resolução lamentando a invasão russa. 

Não interessa ao Brasil ficar se metendo na política da OTAN e seus bilhões de dólares investidos em armas.  Mas talvez interesse ao Brasil ficar de bem com os dois lados, enquanto se alinha com a comunidade internacional.    

 A diplomacia situacional se torna mais importante do que os ultrapassados rótulos tradicionais: esquerda X direita ou comunismo X capitalismo, criados durante a Guerra Fria.       

Quero lembrar a matemática curiosa dos gastos militares durante a pandemia.  O aumento de 2,6% nos gastos militares mundiais ocorreu em um ano em que o produto interno bruto (PIB) global encolheu 4,4% (projeção de outubro de 2020 do Fundo Monetário Internacional), em grande parte devido aos impactos econômicos da COVID.

Como resultado, os gastos militares como parcela do PIB – o “fardo militar” – atingiu uma média global de 2,4% em 2020, acima dos 2,2% em 2019.

Este foi o maior aumento anual no fardo militar desde a crise financeira e econômica global em 2009.

Conclusão: uma indústria que movimenta 2 trilhões de dólares por ano vai sempre fazer de tudo para ter uma guerra de vez em quando.  Isso é muito triste.  

Como sempre, os beneficiários de qualquer conflito militar são aqueles que vendem as armas para os dois lados.

Jonas Rabinovitch. Conselheiro Sênior para Inovação e Gestão Pública em uma conhecida organização internacional baseada em Nova York.

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