Da humilhação na TV ao contragolpe nas redes - As lições que ficam para Dallagnol e a mídia esquerdopata (veja o vídeo)

28/03/2022 às 06:15 Ler na área do assinante

A sequência dos fatos, assim que a velha mídia passou a divulgar a notícia de que Deltan Dallagnol teria que indenizar o ex-presidiário Lula por dano moral, na última terça-feira (22), traz uma série de aprendizados, tanto para o ex-procurador do Ministério Público, quanto para setores esquerdopatas desta mesma mídia.

Para compreender é preciso seguir o fio da notícia e seu desenrolar, acompanhando o texto e os vídeos a seguir.

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por 4 votos a 1, com base em suposta humilhação sofrida pelo ex-condenado petista, por causa do famoso Powerpoint, foi apenas consequência (e sequência) do ativismo judicial praticado pelo STF, que anulou todas as acusações, dando brecha não somente para transformar o acusado em vítima, como os acusadores em culpados.

Após o veredicto vir a público, obviamente, as redações entraram em rebuliço e, sem conseguir disfarçar a satisfação, noticiaram com furor. Deltan se tornou o alvo preferido.

Na CNN Brasil, por exemplo, ele foi entrevistado pela âncora Monalisa Perrone, que não pensou duas vezes em sapatear sobre a cara dele. Primeiro, agindo com extrema ironia, ao rebater a fala de Dallagnol que se referiu a Lula como ‘cara’:

“O cara foi duas vezes presidente, é o líder nas nas pesquisas’, disse Monalisa que, de forma ainda mais arrogante, não se deixou interromper pelo indignado entrevistado.

Veja abaixo:

Mas a apresentadora foi além e fez questão de perguntar se Deltan ‘teria condições de pagar a indenização’, fixada em R$ 75 mil, em tentativa explícita de humilhação, considerando que tratava-se de assunto foro íntimo e não caberia ser objeto de indagação ao vivo. 

Confira:

A resposta de Dallagnol, olhem só, veio no dia seguinte, após tomar conhecimento de que a população, que já não admite que a corrupção prevaleça no Brasil, tinha resolvido fazer uma ‘vaquinha espontânea’, depositando dinheiro em sua conta pessoal.

No vídeo, ele narrou que vários PIX haviam sido recebidos, voltou a criticar a decisão da justiça, livrando e protegendo corruptos, e ressaltou que o dinheiro arrecadado, acima do valor da indenização, seria destinado de forma transparente para ações de caridade.

O valor, aliás, já teria ultrapassado os R$ 500 mil, e a campanha se transformou em um símbolo da luta conta a corrupção e a arrogância de setores esquerdopatas da velha mídia. 

Assista o agradecimento de Dallagnol:

Porém, a mais dura lição ainda é a que está sendo imposta ao próprio Deltan Dallagnol, afinal, quem não lembra das mensagens vazadas em que ele afirmava, em um grupo de promotores e membros da Lava Jato, que deveriam se “descolar do Bozo” ou de quando afirmou que a culpa do fim do combate à corrupção era do presidente Jair Bolsonaro.

O ex-procurador, que agora tenta se aventurar na carreira política, parece ter se deslumbrado com a fama, foi influenciado por falsas suposições e acabou desprotegido e quase desprestigiado em uma improvável e frágil Terceira Via.

Cirúrgica, como sempre, a comentarista política Bárbara, do canal Te Atualizei, gravou um vídeo em que expõe novas nuances desta lição enfrentada por Dallagnol, desde o momento em que ele e colegas do Ministério Público, além do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, abandonaram os que sofriam graves ataques do ativismo judicial – pessoas e empresas, durante a pandemia; a mídia alternativa, desmonetizada, sem chance de defesa.

No final, ela explica como nada sobrou para ele, a não ser a dura realidade de estar do lado ‘dos que sofrem a perseguição’ já sem a proteção de um cargo público, e de ter, como única escolha, o decadente MBL.

Veja o que Bárbara disse:

Mas novos capítulos ainda mais graves devem vir a público, muito em breve, a não ser que a sociedade se mobilize e proteja seus direitos nas urnas, garantindo a continuidade do atual trabalho no Poder Executivo e promovendo uma grande renovação nos quadros do Legislativo.

Caso contrário, não se surpreenda o leitor se até mesmo os cerca de R$ 14 bilhões já recuperados pela Lava Jato, dinheiro de corrupção (e apenas uma pequena parcela do que foi desviado) sejam devolvidos aos ‘seus ilegítimos donos’, pela mesma via judicial invertida.

Como um todo, ficou a lição aos traidores (que ainda podem se redimir)... e aos arrogantes da esquerda caviar, estes talvez sem cura, cegos de saudade de um tempo que jamais deve voltar.

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Uélson Kalinovski

Jornalista desde 1996, com especialização em Ciência Política e mais de uma década de experiência na cobertura dos temas nacionais, em Brasília.
Executivo da produtora UK Studios, em Jundiaí/SP.
ukalinovski@gmail.com / Uelson Kalinovski (Facebook e YouTube) / @uelsonkalinovsk (Twitter)

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