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A História que não se apaga - 31 de março de 1964

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Todo final de março, comemora-se o aniversário do Movimento Democrático de 31 de Março de 1964. Os mais novos, que não eram nascidos na época, já ouviram muitas histórias a respeito, a maioria, infelizmente, não correspondendo à verdade histórica. Uma releitura distorcida dos fatos, mentirosa, com a finalidade de confirmar as convicções políticas dos derrotados em 64. A verdade é que o movimento interrompeu a marcha da desagregação institucional, do desmantelamento econômico e da ruptura do tecido social que ameaçava lançar o País no abismo da guerra civil e de um regime totalitário.

Para compreender a Revolução Democrática de 1964, é necessário que antes se saiba que ela foi, no seu primeiro momento, até 1967, uma contra revolução restauradora. A causa fundamental do movimento, cujo imediato efeito foi a deposição do Presidente João Goulart, não estava apenas na desordem política, econômica e social que a inépcia e os projetos golpistas do primeiro mandatário produziram, levando a Nação à intranquilidade e ao temor. Havia também algo perturbador - a revolução comunista- velada, mas pressentida no tumulto dos acontecimentos. Era a segunda tentativa concreta de tomada do poder que os comunistas faziam no Brasil através da luta armada e do terrorismo.

A esquerda se aproveitou do baixo nível cultural do povo brasileiro, e da existência de uma mídia que, com poucas exceções, não tem compromisso com a verdade, para manipular a história. As Forças Armadas, instituições nacionais permanentes e regulares, reagiram com determinação às ameaças que se formavam àquela época. Diversos eventos atingiram os militares  em seus valores mais fundamentais, como a hierarquia e a disciplina. 

No Comício da Central do Brasil na cidade do Rio de Janeiro, os cartazes alardeavam: “Reformas, na lei ou na marra!” , “ Paredon para os gorilas (militares)” Partido Comunista com o povo e com o Presidente”, “Desta vez o povo será governado através de seus sindicatos” e "República sindicalista para o Brasil”. Almirante Aragão sendo carregado por militares fardados, Brizola fomentando a revolta popular e finalmente, em seu discurso, o presidente João Goulart ameaçando os conservadores, deram o tom final à quebra do regramento democrático e da estabilidade. Pouco depois, no sindicato dos metalúrgicos, houve um motim liderado pelo cabo Anselmo da Marinha. No dia 30 de março, o Presidente da República, acompanhado de seus ministros, compareceu ao Automóvel Clube, onde  lhe seria prestada uma homenagem pelos sargentos das Forças Armadas e da Polícia Militar, coroando a tática subversiva de separar oficiais e praças, a fim de dividir e enfraquecer as forças militares, último bastião que se opunha à 'comunização' do país.

Com o apoio da sociedade brasileira, dos empresários e da imprensa, que se aliaram e decidiram reagir, a responsabilidade de conter as ameaças daquele momento coube às Forças Armadas, que foram chamadas pelo clamor popular.

A marcha da família com Deus pela liberdade foi a evolução da posição dos militares, que apesar da conjuntura interna, em 1963, mais de oitenta por cento dos militares continuavam com suas posturas legalistas. No dia 19 de março, dia de São José, padroeiro da Família, as mulheres de São Paulo realizaram um protesto com a presença de 800 mil pessoas contra o comício da Central do Brasil, juntamente com a instrução reservada do General Castelo Branco de 20 de março, uma resposta ao comício esquerdista de 13 de março, que viria exercer  um forte impacto sobre os militares legalistas. 

Castelo Branco escreveu na circular:

“Não sendo milícia, as Forças Armadas não são armas para empreendimentos antidemocráticos. Destinam-se a garantir os poderes constitucionais e a sua coexistencia”.

A etapa decisiva para para esses militares seria o motim dos marinheiros e seus desfechos. Suas repercussões foram profundas, a tal ponto que abalaram as convicções, não apenas dos militares legalistas, mas até mesmo daqueles que até a véspera lutariam ao lado do Presidente e suas reformas. 

A autopreservação institucional, por meio do controle da disciplina, era uma questão que estava acima dos grupos. A estratégia de interromper a revolução de Goulart já poderia ser desencadeada sem que houvesse o risco da divisão interna das Forças Armadas.

Por que Jango caiu? Durante o governo Jango, a imprensa foi umas das principais motivadoras da deposição do Presidente. Propalou, constantemente, a existência do caos administrativo, da corrupção e do desgoverno. Participou, ativamente, da divulgação de que era imperiosa a necessidade do restabelecimento da ordem.           

Goulart perdeu o jogo no momento em que abandonou a tática da conciliação política, que prevaleceu nos dois primeiros anos de seu governo, e preferiu comandar ostensivamente o esquema da esquerda radical, que tinha numa entidade juridicamente ilegal, o Comando Geral dos Trabalhadores, o centro das sua atividades revolucionárias. 

No entanto, os derrotados militarmente em 64 venceram uma das batalhas mais importantes: a cultura. Refugiando-se nessa área negligenciada pelos governos militares e baseando-se na desinformação e nas teses de Gramsci, passaram a escrever grande parte da história a seu favor, com grande alcance público, acadêmico e nas escolas de todos os níveis. Também por meio de novelas e minisséries de TV, buscaram apresentar como vilões aqueles que lutaram pela democracia na revolução de 64. 

Atualmente, com o advento das mídias digitais, é importante propagar os feitos do movimento e contribuir para que mentiras não substituam verdades, com o intuito de se evitar muito mais mitologia induzida do que história ocorrida e homenagear a memória dos bravos brasileiros que venceram as suas dúvidas e tiveram a coragem de ficar ao lado do verdadeiro interesse nacional evitando que a nação mergulhasse na treva comunista que ainda subjuga tantos povos.

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Foto de Carlos Arouck

Carlos Arouck

Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.

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