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A liberdade esbofeteada ou dois crocodilos vertendo lágrimas em um show de descaramento

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“Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. (Ditado popular).

Estamos cercados de homens mentirosos, “santos-do-pau-ôco”, engravatados, ricos, que desempenham funções públicas variadas, artistas cheios de discursos humanitários, ministros, políticos, chefes de estado, todos homens dignos, mas às vezes a realidade prega-lhes algumas peças e o rio de lama escorre solto, mostrando o interior de todos.

Comecemos por Will Smith x Chris Rock: milhões de pessoas assistindo a cerimônia de entrega do Oscar e o apresentador Cris Rock, contratado para fazer piadas, isto é, estava ali somente desempenhando uma função, fazendo um trabalho, descontraindo a plateia, não ia receber nenhum prêmio, olhando para Jada Pinkett Smith, que tinha a cabeça pelada, disse:

- "Jada, adoro-te. Mal posso esperar por ver-te no G. I. Jane dois".

Todos riram e quem mais riu foi o marido de Jada, Will Smith. Mas, ao olhar para Jada, viu que ela revirava os olhos de raiva. Smith, para fazer cessar o aborrecimento de Jada, vestiu sua roupa de macho-alfa, subiu ao palco e aplicou uma bofetada com a mão aberta na cara de Cris Rock.

Analisemos esse primeiro caso:

1) O marido riu, a plateia riu, todos riram, a piada fazia uma comparação com a suntuosa Demi Moore no filme "G.I. Jane". A piada não pode ser considerada infame, pois ele não se referiu a doença genética de Jade (alopecia- queda de cabelo), mas ao fato das duas atrizes possuírem a cabeça raspada. Nem ao sofrimento de Jade, pois ela já afirmou diversas vezes em suas redes sociais, que se orgulha de sua cabeça raspada:

-  “Me sinto livre hoje, não dou a mínima para o que as pessoas pensam sobre minha careca. Porque, adivinha, eu a amo”.

Então por que o comediante apanhou?

2) Os três atores são negros. Um, Cris, estava trabalhando. O outro, Smith, ia receber um prêmio e se refestelava bebendo Whisky e comendo acepipes com sua esposa Jada, que também é atriz. Então por que o negro que estava trabalhando apanhou? Racismo? Desavenças? A casa grande punindo os pobres escravos trabalhadores só por diversão?  Inveja?

O ex-Casseta e Planeta Hélio de lá Peña, que também é negro, disse:

- “A agressão perpetua a ideia de que homens pretos resolvem suas tretas na base da porrada. Ele conquistou um Oscar e ninguém fala de sua atuação no filme (só na cerimônia). Se fizesse discurso condenando a piada, derrubava o Chris. Gol contra. Minha opinião. Mas você pode discordar. Não vamos sair na porrada por causa disso…”.

O ex-decano do (STF) Celso de Mello x Raul Araújo, do TSE, que proibiu manifestação política no festival Lollapalooza, onde só frequentam riquinhos (R$ 900 (inteira); R$ 450 (meia-entrada); R$ 495 (entrada social), também entrou na barca de Will Smith e deu uma de guardião da moralidade e das liberdades:

Celso de Melo enviou uma nota a revista Veja, considerando:

“Gravíssima”, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir manifestações políticas de artistas no festival Lollapalooza.

Nomeado por José Sarney, Celso de Melo, quando estava na ativa, parece que não tinha espelho em casa, pois já foi chamado de “juiz de merda”, por suas decisões enviesadas. A história, que envergonha o judiciário brasileiro, está contida no livro Código da Vida, de Saulo Ramos, um dos mais brilhantes juristas brasileiros, e já foi descrita aqui.

Celso de Melo se referia a quem? Aos seus coleguinhas do STF?

Eis o que disse o ex-ministro:

- “O poder totalitário do Estado é sempre um poder cruel e cínico, que proíbe o cidadão de pensar e de livremente expressar o seu pensamento e que o submete a um regime de opressão, interditando o dissenso, vedando o debate e impedindo a livre circulação de ideias!!!! Gravíssima a decisão do TSE! Merece o repúdio dos que respeitam o regime democrático e a liberdade de manifestação do pensamento”.

Celso de Mello, sem querer, acertou um sopapo no olho de Alexandre de Moraes, que foi seu querido coleguinha e só faz e continua fazendo, assim como ele, “coisas boas e justas”!

Will Smith foi chamado ao palco para receber o seu prêmio, com lágrimas nos olhos, disse:

-“O amor me força a fazer coisas doidas. Eu sei que em nossa profissão temos que ser capazes de aceitar abuso, ouvir loucuras, ouvir pessoas nos desrespeitando, sorrir e fingir que está tudo bem. Então Denzel Washington me disse, e eu adorei ouvir isso, que "nos meus melhores momentos, preciso ter cuidado, pois é aí que o diabo vem" — contou Will Smith, chorando, após a confusão. — Quero ser um caminho para o amor”.

Celso de Melo, um dos Ministros que mais perseguiu o Presidente Bolsonaro, porque não concordava com sua eleição, vem a público e quer aparecer como paladino da justiça, criticando outro ministro, como se ele fosse algum santo; como se a população brasileira não o conhecesse; como se alguma vez na vida tivesse defendido a liberdade de expressão.

Enquanto esteve no cargo, Celso de Mello tentou humilhar o Presidente Bolsonaro de várias formas, chamando-o de:

- "Político medíocre e sem noção dos limites éticos e constitucionais"; disse que Bolsonaro "não está, como jamais esteve, à altura do cargo que exerce, pois lhe faltam estatura presidencial e senso de estadista"; e que "degradou-se, ainda mais, em sua condição política".

Em um despacho contra o Presidente, o ministro afirmou que “as testemunhas do inquérito poderiam combinar com a Polícia Federal uma data para depor. Porém, caso faltassem a uma segunda convocação, estariam “sujeitas, como qualquer cidadão, não importando o grau hierárquico que ostentem no âmbito da República, à condução coercitiva ou 'debaixo de vara', como a ela se referia o art. 95 do Código do Processo Criminal do Império de 1832”.

Os dois, Will Smith e Celso de Mello, como crocodilos que choram quando vão comer a vítima, fingiram ser homens de almas puras, justas, cheias de amor, tentando enganar pessoas inocentes e desinformadas:

- Um, chorando, depois de cometer uma violência, falou sobre o amor.

- O outro, saindo da catacumba onde reside atualmente, volta para nos assombrar, aparentando defender a liberdade, depois de perseguir o Presidente e os manifestantes que foram às ruas protestar legitimamente no dia da Independência do país, 7 de setembro, fala de “poder totalitário que proíbe o cidadão de pensar... vedando o debate e impedindo a livre circulação de ideias”.

Os dois, um branco e outro negro, ambos possuem almas iguais, sombrias, que só podemos vê-las por acaso, esbofetearam a liberdade, deram um show de cinismo e mostraram, sem querer, como são realmente.

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Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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