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Janot desmoraliza defesa de Lula e devolve aos autos a frase ‘embaraça as investigações’

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Na decisão em que manteve a tramitação dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ‘República de Curitiba’, o ministro Teori Zavascki mandou retirar a frase em que dizia que a defesa tentava ‘embaraçar as investigações', afirmando que usou uma expressão inadequada, determinando assim, que ela fosse suprimida.

Entretanto, em documento assinado dois dias depois do recuo do ministro, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, na cota do MPF em relação ao recurso de Lula contra a decisão de Teori Zavascki, trouxe novamente para os autos a expressão utilizada por este:

‘Efetivamente, tem absoluta razão o relator: essa reclamação constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações’, pontuou o procurador-geral.

Janot ainda acrescentou que Lula ‘no fundo quer gerar verdadeiro tumulto processual, conforme já consignado noutros feitos’.

No recurso, a defesa alega que já corre no STF um processo semelhante aos que estão em Curitiba. Desta forma, Moro estaria usurpando competências do STF.

Teori rechaçou, asseverando que em Curitiba é investigado o possível recebimento de vantagem indevida. No STF, está pendente um pedido de investigação feito por Janot contra Lula por formação de quadrilha.

Janot bateu ainda mais: ‘Parece que o agravante não compreende essa questão técnica. Ou, se compreende, fica nítido seu intuito de gerar tumulto’.

E finaliza: ‘Com efeito, o requerente foi incluído na investigação do Inquérito 3.989 exatamente porque surgiram elementos bastante seguros de que os fatos não teriam acontecido senão com a sua firme e direta participação na organização criminosa’.

da Redação

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