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Redes Sociais e ataques pessoais, inconcebível

A Justiça tem que punir com rigor e quem for atingido deve ser indenizado

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Servidor público federal utilizava a estrutura do órgão para ataques pessoais.

É inconcebível a utilização das redes sociais para ataques pessoais. Seja contra quem for. Ninguém é juiz de ninguém.

Não se pode tolerar postagens que tentam imputar ao ex-presidente Lula insinuações com relação a um suposto gosto pela cachaça ou por qualquer outro tipo de bebida.

Da mesma forma, também é inadmissível a utilização das redes sociais para fazer ligações do senador Aécio Neves ao consumo e tráfico de drogas.

Também é lamentável comentários medíocres sobre a sexualidade de quem quer que seja.

Pois bem, redes do Ministério da Fazenda e do Serpro, estatal responsável pelo sistema de tecnologia da informação de todo o governo federal, foram usadas para  disseminar mensagens com acusações de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) traficava e consumia drogas.

As informações estão em dados entregues pelo Twitter ao judiciário de São Paulo, após processo aberto pelo tucano contra usuários do site.

O perfil do responsável pelas postagens nesses órgãos é o do chefe da divisão de "projetos e tecnologias educacionais" do Serpro em Belo Horizonte, Márcio de Araújo Benedito.

Na ação, Aécio pediu a quebra do sigilo de dados dos perfis para tentar identificar os autores das postagens.

O juiz Helmer Augusto Toqueton Amaral determinou que o Twitter entregasse os dados ao tribunal e, depois de analisar o conteúdo das postagens, autorizou o acesso dos advogados de Aécio aos dados de 20 usuários.

Ele concluiu que esses perfis produziram conteúdos que vincularam Aécio ao tráfico e ao consumo de drogas, o que daria ao tucano o direito de identificar os detratores.

De acordo com os dados entregues à Justiça, o funcionário do Serpro também usou equipamentos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, uma organização social ligada aos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Ele acessou as redes dos órgãos por mais de três meses e usou estruturas de três Estados diferentes: Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Brasília.

Todos os órgãos citados negaram vínculo com o caso.

Márcio Benedito nega ter feito "comentários que possam ser interpretados" como uma vinculação de Aécio ao tráfico e uso de drogas.

Notificado em setembro, ele diz que não apagou qualquer mensagem, embora publicações relacionadas nos dados entregues à Justiça não apareçam quando buscadas em sua conta.

Uma vez caracterizada sua culpa, que a punição seja rigorosa. É o que se espera.

da Redação Ler comentários e comentar