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É impossível a um governante ter bondade o tempo inteiro

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Na segunda-feira (2) Alexandre de Moraes dobrou a aposta no caso de Daniel Silveira, declarando implicitamente na decisão que prolatou que o decreto presidencial que concedeu a graça só terá validade se considerado constitucional pelo STF.

Isso mostra às escâncaras o ambiente carcomido e o nível de corrosão institucional em que o país se encontra por causa das ações dos membros da Suprema Corte, que insistem em não reconhecer a autoridade das ações do Presidente da República.

Qualquer coisa que se fale contra a Corte e seu puxadinho TSE - e ainda contra o Senado ou a Câmara dos Deputados também - passa a ser imediatamente catalogada como “anti-democrática”, sendo rotulada como “ataque às instituições”. E o pior: aquele que fala é identificado como extremista e como alguém que quer colocar abaixo o modelo civilizacional brasileiro, e passa a sofrer reprimendas levadas a cabo por ações estatais, em nítida demonstração de poder e força.

A verdade é que hoje no país enfrentamos o seguinte paradoxo: tudo deve parecer civilizado, decente, democrático e justo. Mas quando se segue com muita rigidez as regras do jogo, quando elas são tomadas de uma forma por demais literal, as pessoas são esmagadas pelos que estão ao redor, que de tolos não têm nada.

O diplomata renascentista italiano Nicolau Maquiavel uma vez escreveu:

“O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons”.

Na sua época, a corte da República de Florença dos séculos XV e XVI se imaginava o suprassumo do refinamento, mas abaixo da superfície brilhante fervia um caldeirão de atos nada virtuosos — ganância, inveja, luxúria, ódio.

Sempre foi assim na história política da humanidade. Roma caiu justamente por não reconhecer o processo de decadência que vinha atravessando, que levou à corrosão institucional.

Os ciclos se repetem.

E aqui no Brasil do século XXI, igualmente hoje as pessoas no cume do poder imaginam-se o ponto mais alto do que é certo e justo, veem-se como os responsáveis por manter o sistema perfeito que garante a convivência democrática e ordeira entre os cidadãos; mas as mesmas emoções nada virtuosas continuam fervendo dentro deles, como sempre.

O jogo é o mesmo. E continuará sendo o mesmo “per saecula saeculorum”.

Por isso, a bondade que deve nortear as ações de um governante virtuoso, que é, sim, o modelo que pretendemos para o Brasil, não pode suplantar a força que ele deve usar no momento adequado.

É hora de lembrar da frase de Maquiavel.

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Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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