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A desfaçatez de Rodrigo Pacheco

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é um ator de quinta categoria. Enquanto vivenciamos uma crise política gigantesca, com uma Suprema Corte sendo uma verdadeira usina de crises institucionais ao promover inúmeros absurdos e uma economia em pandarecos, o chefe do Poder Legislativo resolve fazer bella figura ao falsear a realidade com diagnósticos mirabolantes. O resultado é um só: mais lenha em uma fogueira bastante alta.

Milhões de brasileiros foram às ruas no dia do trabalho para manifestar o descontentamento com as ações do Supremo Tribunal Federal. Não adianta censurar este artigo, mandar a PF buscar os discordantes ou perseguir os intrépidos corajosos: todos nós sabemos o que os supremos iluminíssimos fizeram no verão passado. Ao promoverem a versão tupiniquim do affaire Dreyfus com o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), os ministros apenas confirmaram o que o povo já sabia.

Pois bem, o que fez Rodrigo Pacheco? Sem a possibilidade de dar o braço a torcer e reconhecer as demandas legítimas das ruas, apelou para a desconversa cínica. Falou que ‘’manifestações ilegítimas e antidemocráticas, como as de (pedido de) intervenção militar e fechamento do STF, além de pretenderem ofuscar a essência da data, são anomalias graves que não cabem em tempo algum”.

Ao fazer tais ilações, o sr. Pacheco tem a obrigação de apontar os responsáveis por tais pedidos. Além da gravidade natural de anseios como os que foram relatados, o Brasil está presenciando um verdadeiro inferno autoritário, com prisões absolutamente ilegais com a alegação de ‘’atentado à democracia e às instituições’’. Se não houver a demarcação dos ‘’ilícitos’’, corre-se o risco de colocar toda a manifestação no balaio da marginalidade. Isso não é atitude de um autoproclamado conciliador.

Mas o sr. Pacheco não perde a oportunidade de caçoar da nossa cara. A sua mais nova pérola é a que o Poder Judiciário é vítima de ataques sem fundamento.

Para refrescar a memória do sr. Pacheco: os ministros do STF abriram inquéritos de ofício que se transformaram em um guarda-chuva que cobre absolutamente tudo, e neles há toda sorte de ilegalidades. Não são simples desvios do devido processo legal: são arbitrariedades que censuram, perseguem e destroem a vida de cidadãos cujo único ‘’delito’’ foi exercer a liberdade de expressão e de opinião. E, vejam só, os alvos são sempre os mesmos: jornalistas, influenciadores e até mesmo políticos de direita, conservadores e entusiastas do presidente Jair Bolsonaro. Não há ninguém nos supremos inquéritos um pouquinho esquerdista.

Inúmeros juristas e até mesmo um ex-ministro do STF já constataram o que qualquer indivíduo sóbrio e com mais de dois neurônios sabe: essas insanidades jurídicas são ilegais. O tal inquérito das fake news foi intitulado de inquérito do fim do mundo pelo ex-ministro Marco Aurélio Mello por nele tudo caber. Não existe embasamento melhor que a posição de alguém com passagem pela nossa Suprema Corte.

Já falei em tantos artigos do problema em definir o que é fake news, quem vai definir e como não transformar isso em censura estatal. É coisa superada. Mas o monopólio do discurso é a pauta número um da esquerda mundial. Acossada por verdadeiros sovas nas urnas e nos debates, ela concluiu que a livre circulação de ideias é prejudicial aos seus anseios, restando o controle do que pode e do que não pode ser dito. Quando algum semiletrado esquerdista com psiquê de intelectual tacha determinada pessoa ou opinião de ‘’ameaça à democracia’’, entenda por isso como a boa e velha divergência basilar da própria democracia. Mas, para o esquerdista, só é democrático quem concorda com ele e ela só funciona quando o lado dele ganha.

Até 2018, nós achávamos graça do desespero esquerdista em querer controlar o debate via canetada estatal. Confesso ter feito parte da troça. Era lindo ver um Pablo Ortellado publicar artigo na Folha pedindo regulação das redes sociais. Era lindo ver a burrice dos analfabetos funcionais da CPMI da Fake News. Mas os tempos mudaram, e os memes podem colocar qualquer cidadão um pouquinho direitista na cadeia. Ser antidemocrático virou crime no Brasil – seja lá o que diabos isso seja ou quem vai demarcar o que é democrático ou não.

A juristocracia é real e não há na República qualquer meio de correção. Pedir o impeachment de determinado ministro é a única solução viável e legal que nos resta, mas isso depende da boa vontade do Senado – e o seu presidente já deu todos os indícios de viver em Nárnia. Todos nós conhecemos a ligação umbilical entre engravatados e togados pelo tal do foro privilegiado. Enquanto for assim, só nos resta um lampejo de sanidade dos nossos senadores.

Quanto a Rodrigo Pacheco, ele tem poder para dar fim ao inferno político-institucional de causas bem conhecidas. Um pouquinho de coragem e visão de país bastaria para tal. Mas é pedir demais para um senador que envergonha seus eleitores pela pusilanimidade mal disfarçada de prudência. O sr. Pacheco brinca com a nossa cara e com o país. É o retrato perfeito da desfaçatez do país dos insanos.

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Carlos Júnior

Jornalista

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