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A morte de Genivaldo e a insensatez do ministro Gilmar Mendes

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O que inicialmente sugere um pleonasmo no título deste texto, e o é, só foi registrado para lembrar uma declaração sensata, talvez a única do ministro Gilmar Mendes quando afirmou com todas as letras que determinado partido político implantou em seu governo uma cleptocracia.

Pois bem, adormecidos em berços esplêndidos, os ministros do STF não comentam os sucessivos ataques à democracia praticados por seus integrantes, a exemplo de Alexandre de Moraes, Luiz Roberto Barroso, Edson Fachin e outros.

As constantes mortes de policiais no Brasil não sensibilizam os ministros da suprema corte, ao contrário, o ministro Fachin com o apoio dos demais, proibiu operações policiais no RJ.

Resultado: o crime organizado se fortaleceu e fez o estado se tornar o QG de diversas facções criminosas de outras regiões do país.

Em meu estado, Sergipe, esta semana ocorreu um crime grave envolvendo PRFs. 

Lamento profundamente a morte do Sr. Genivaldo de Jesus Santos. 

Expresso aqui a minha solidariedade aos seus familiares. 

Tenho certeza que os envolvidos serão alcançados pela justiça.

Mas, diante deste ocorrido, Gilmar Mendes fez alusões ao holocausto, numa comparação infundada e desrespeitosa ao sofrimento do povo judeu. 

E fez mais: afirmou com todas as letras que o Brasil não é uma democracia.

Tenta também colocar a etnia da vítima como fator gerador da violência, o que não guarda relação alguma com a morte deste.

A opinião do ministro tenta claramente politizar uma ocorrência policial e vincular o evento ao governo federal, o que é desprovido de qualquer fundamento lógico.

Na visão do ministro teríamos "evoluído" de uma cleptocracia para uma ditadura do judiciário?

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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