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As ruas foram às urnas

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Em junho de 2013 o ‘povo’ (na realidade a classe média, até então silenciosa) foi às ruas.

Inicialmente para contestar o aumento de tarifas dos transportes coletivos, depois ampliada para os serviços públicos no padrão FIFA e o combate à corrupção. A primeira reivindicação foi aceita, ainda que temporariamente, os demais ficaram na promessa e os movimentos se esvaziaram.

Vieram as eleições gerais de 2014 e pouco ou nada mudou. Dilma foi reeleita, Alckmin foi reeleito, Eduardo Cunha ganhou mais um mandato de deputado e na sequência foi eleito Presidente da Câmara dos Deputados. Renan Calheiros voltou ao Senado e também foi eleito presidente da casa.

As ruas não foram às urnas.

Em 2016 o povo voltou às ruas. Dessa vez derrubou Dilma e Eduardo Cunha. Renan continua incólume, pelo menos por enquanto. Lula está na berlinda, sob risco de ser preso a qualquer momento.

Nestas eleições municipais ocorreram grandes novidades. Um candidato que se apresentou como gestor e não político, venceu em primeiro turno. Antônio Ermírio de Moras e Sílvio Santos haviam tentado antes e fracassaram. Agora Dória Jr montou no cavalo no momento certo. 

Líderes dos movimentos de rua e das redes sociais se elegeram em São Paulo, Belo Horizonte e outras cidades. 

A ruas, afinal foram às urnas. E agora?

O povo voltará às ruas? 

E em 2018? Os novos não políticos já serão velhos políticos. 

E os velhos políticos vencedores de 2016 serão vitoriosos em 2018 ? Ou serão varridos pelo povo, nas urnas?

Jorge Hori

Foto de Jorge Hori

Jorge Hori

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