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Advertência à mídia lulopetista: “Cuidado com a jararaca” (ou aprendam com a História, por favor)

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É desalentador como parte significante da mídia nacional apoia, de forma explícita ou velada, a candidatura do megacorrupto Lula.

Em veículos como GloboNews, Folha de S.Paulo, Estadão e CNN, entre outros, Lula é sempre tratado com todo o acatamento devido a uma pessoa comum, com passado limpo e ilibado. É sempre referido, com toda a deferência, como “ex-presidente”, jamais como “ex-presidiário”. A imprensa tradicional trabalha para a nação esquecer este dado sombrio da folha corrida de Lula.

Esta imprensa o coloca no mesmo plano moral de qualquer outra pessoa ou potencial candidato às próximas eleições. Isto é enganador para o eleitor jovem e para o leitor pouco letrado, pouco informado, portanto, e ofensivo aos candidatos decentes, por escamotear e confundir a verdade. Tanta deferência para com um corrupto e ex-presidiário é demais para o estômago de uma pessoa decente e não atingida pela Imunização Cognitiva, coisa necessária à militância em seitas políticas e adoração a líderes populistas.

Nessa mídia, Sérgio Moro, por exemplo, é subliminarmente – quando não explicitamente – apresentado como um Juiz, se não parcial e desonesto, pelo menos afoito e obcecado perseguidor de Lula e seus associados.

Ora, as condenações de Lula e seus asseclas começaram, sim, na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, cujo titular era o Juiz Sérgio Moro. Mas foram condenações confirmadas por três desembargadores do TRF4, em Porto Alegre, e cinco ministros do STJ, em Brasília.

Portanto, Moro representa apenas 1/9 (11%) dos que entenderam que os processos contra Lula por corrupção e lavagem de dinheiro foram corretos, bem conduzidos e fundamentados em provas materiais, permitindo ao réu o mais amplo direito de defesa. As condenações foram, portanto, perfeitas e justas, tanto que nunca foram questionadas, em seu mérito, por qualquer magistrado em qualquer instância. Nem mesmo por Edson Fachin, do STF.

Mas a fixação desta mídia é com Moro. Os demais oito magistrados que condenaram Lula parecem sumir da memória da sectária imprensa tradicional e dos fanáticos fiéis da seita do Lulopetismo. Tudo isto é muito grave, decepcionante e perigoso para o País.

Nem Edson Fachin, do STF, questionou os processos em si. Este ex (?) militante petista apenas encontrou um suposto erro de CEP (isto é, um possível erro de Foro originário, a 13ª Vara Federal de Curitiba). Por causa deste miserável detalhe, que nenhum dos magistrados que manusearam os processos notou – nem mesmo Fachin, que lidou com eles por anos – as sentenças, CONFIRMADAS ATÉ A TERCEIRA INSTÂNCIA, foram anuladas e os processos enviados para Brasília. Mas a Justiça em Brasília nada pôde fazer por falta de tempo: os processos foram prescritos. O “timing” de Fachin foi perfeito: seu antigo (?) guru político, o megacorrupto Lula, pode agora assombrar os brasileiros de bem com uma candidatura à presidência da República. Nunca pensei, em toda a minha vida, que veria tamanha infâmia jurídica, por mais que conheça o “modus operandi” da atual composição do STF.

Eu não entendo, o cidadão não entende e acredito, a maioria dos juristas de verdade neste País não entendem o porquê desta sobrenatural importância do foro originário, a ponto de se anular os processos e as condenações do maior corrupto jamais gestado no seio de uma democracia ocidental. Fosse outro o foro originário, o Ministério Público seria o mesmo (o MPF), a Polícia Federal seria a mesma (a PF) a Receita Federal, que tantos subsídios deu aos inquéritos, seria a mesma e, finalmente, a Justiça Federal seria a mesma. Então, raios, por que esta importância descomunal dada ao foro originário? Eu só entendo uma coisa: trata-se de uma filigrana pseudo-jurídica – coisa deste País Tabajara - para aliviar a barra dos que podem pagar fortunas a advogados milionários para escapar da cadeia. Isto não é Justiça, isto é uma descomunal malandragem pseudo-jurídica.

“A legislação processual e o formalismo interpretativo alimentam a irresponsabilização judicial”, já denunciou o notável jurista Joaquim Falcão. Aqui, Falcão toca num ponto crucial: a legislação processual e o formalismo interpretativo. Bem mais o formalismo interpretativo do que a própria legislação processual. É aqui que ministros (suspeitíssimos!) do STF concentram suas defesas de grandes e endinheirados bandidos. Emblemático disso que Falcão denuncia foi anulação dos processos de Lula feito de modo suspeitíssimo pelo ex (?) militante petista Edson Fachin. Uma vergonha! Coisa de ‘Banana’s Republic’. E é este senhor que hoje enche a boca falando de lisura do processo eleitoral e de defesa da democracia! Lembra Belzebu pregando em favor da santidade!

Voltando à velha imprensa: não importa que Lula já tenha falado e reiterado que, desta vez, se eleito (que os deuses não permitam esta desgraça!), vai mesmo fazer o controle da mídia, certamente pensando no modelo de seus amigos ditadores latinos, como o tirano Fidel Castro, de Cuba, Nicolás Maduro, da Venezuela e Daniel Ortega, da Nicarágua.

A nossa grande imprensa, imediatista como é, parece ignorar os ensinamentos da História. Certamente pensa que, uma vez tendo o Grande Larápio no poder, poderão controlá-lo. É aí que reside o perigo. A História costuma repetir-se como farsa.

Fidel Castro chegou ao poder, em janeiro de 1959, com o apoio da mídia, que achava que iria controlá-lo.

Tão logo assumiu o poder, Fidel estatizou todos os canais de comunicação, levando à bancarrota seus proprietários.  Como se diz, popularmente, é perigoso criar e alimentar uma jararaca; uma hora ela pica o criador.

Outro exemplo eloquente do perigo de se alimentar uma jararaca vem de 30 de janeiro de 1933, o dia em que Hitler tornou-se, em perfeito acordo com a Constituição de Weimar, Chanceler do Reich.  A república de Weimar, nos seus 14 anos de existência, só trouxe tumulto e instabilidade política à Alemanha.

Para tentar estabilizar a situação, o Presidente Paul von Hindenburg, que desejava um Chanceler de pulso forte, apontou o dedo para Hitler, embora não confiasse nele como indivíduo. Mas seus assessores insistiram que iriam controlá-lo; afinal, deram-lhe apenas dois ministérios.  Alfred Hugenberg, líder do Partido Popular Nacional Alemão, chegou a declarar:

"Nós iremos enquadrar Hitler."

A História subsequente mostra o quanto estavam iludidos. Realmente, não adianta cevar uma jararaca; um dia ela te mata.

Mesmo sabendo que não serei ouvido, penso que cumpro meu dever de cidadão ao propor esta advertência à chamada imprensa tradicional.

A jararaca Lula não ama a democracia e não a deseja. Lula, juntamente com Fidel Castro e Hugo Chaves, é cofundador do Foro de São Paulo, cujo objetivo primordial era (é) transformar a América Latina em uma imensa Cuba, ou gigantesca Venezuela.

Esta jararaca peçonhenta, Lula, recentemente defendeu o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, quando este, após prisão de todos os seus opositores (sete), foi “eleito” para um quarto mandato de cinco anos.

Diz-me com quem andas que eu te direi quem es, diz a Vox-Populi que se diz ser a Vox-Dei.

Lula não deve ser lembrado apenas como o ex-presidente, como o trata a imprensa tradicional. Lula deve ser lembrado como ex-presidiário, condenado em dois processos por corrupção e lavagem de dinheiro até a terceira instância.

Lula é o indivíduo que já ameaçou - e agora reitera a ameaça - controlar a imprensa no Brasil.

Cuidado, imprensa tradicional, com a jararaca que vocês estão alimentando.

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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