O tiro no baterista

10/10/2016 às 16:39 Ler na área do assinante

Um crime ocorrido há poucos dias chocou a sociedade de Campo Grande (MS), envolvendo dois personagens extremamente conhecidos e queridos.

Dois ‘boas praças’, aparentemente pessoas ‘do bem'.

Ambos homens das noitadas, frequentadores inofensivos de botecos e baladas.

Lincoln Gouveia, músico e publicitário. Fauez Ayoub, empresário.

A dupla teve uma discussão num bar e Fauez, armado, no calor do embate, desferiu um tiro em Lincoln.

É possível e até provável, que a tal discussão tenha sido banal.

Também é provável que ambos eram amigos, ou, pelo menos, velhos conhecidos.

Felizmente, o tiro não foi fatal. ‘Lincão’ se recupera bem e, segundo informações, ficará bom em breve.

Fauez, por sua vez, terá que responder pelo crime de tentativa de homicídio.

A tese de seu advogado – legítima defesa – é ridícula. Quem conhece o ‘Lincão’ sabe disso, um sujeito incapaz de agredir um mosquito, porém extremamente espirituoso, um gozador nato.

Imagino (mera imaginação) que Lincoln deve ter feito alguma brincadeira – coisa de boteco – que fez Fauez se sentir ofendido, daí a reação homicida. Injustificável, sem dúvida.

Pessoalmente, gosto muito dos dois, mas clamo por justiça.

Cada cidadão deve ser responsável por seus atos.

É injustificável transitar armado pelos bares da vida.

José Tolentino

jose.tolentino.filho@gmail.com

José Tolentino

Jornalista. Editor do Jornal da Cidade Online.

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