Juiz libera chefe da polícia de Renan. Ficou intimidado?

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Na decisão judicial em que determinou a Operação Témis, que culminou com a prisão de quatro membros da polícia do ‘Coronel das Alagoas’, o juiz do caso Vallisney de Souza Oliveira da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou que os fatos apontados contra eles, os tais policiais, eram ‘gravíssimos’ e as prisões necessárias para paralisar condutas criminosas.

Vejam: ‘Os fatos são gravíssimos e há indícios de funcionamento da associação liderada pelo primeiro investigado (o chefe da polícia, Pedro Ricardo Araújo Carvalho), havendo fundadas razões de autoria e participação nos supracitados delitos. São necessárias tais medidas constritivas a fim de que se possa colher elementos maiores da investigação, sustar outras condutas reiteradas delituosas da mesma natureza, bem como assegurar que longe do local de trabalho e sem a influência de tais investigados se possa ter a segurança dos trabalhos de maior apuração dos fatos pela Polícia Federal, para colheita da mais elementos, como objetos e documentos, de interesse da Investigação’, pontuou o magistrado.

Na sequência, diante das primeiras manifestações, mandou soltar três policiais, mantendo preso temporariamente apenas o diretor da Polícia, Pedro Ricardo Araújo Carvalho. Um fato meio incompreensível, pois se era para soltar imediatamente, porque efetuou a prisão?

Nesta quarta-feira (26), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, após ter sido destratado e humilhado pelo senador Renan Calheiros, mas prontamente defendido pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, esperava-se que decretasse a prisão preventiva de Pedro Ricardo Araújo Carvalho.

Entretanto, surpreendentemente, o cidadão foi solto.

O juiz recuou. Ficou intimidado com a encenação de Renan e, infelizmente, enfraqueceu a própria operação.

São coisas que não acontecem na ‘República de Curitiba’.

Gonçalo Mendes Neto

redacao@jornaldacidadeonline.com.br

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