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Jornalistas legalistas e jornalistas militantes: As pesquisas mostram quem são eles?

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Assistir ou ler a imprensa suja ou velha, com queiram, não necessariamente é uma obrigação dos jornalistas, a fim de se atualizar (pelo contrário), pois, não dar audiência é um propósito justificável e importante. Portanto, isso não é medida para considerar a competência de qualquer profissional da área. Hoje em dia há muitos meios para se saber o que falam ou escrevem os protagonistas desta imprensa que vou aludir aqui.

Antes de mais nada, profissionais da imprensa que se dignam a exercer sua profissão com lisura e isenção, com todos os movimentos políticos que estão acontecendo no Brasil, acabam por confundir avaliações de quem os assiste ou os lê.

Vou tomar a liberdade de citar profissionais que se encaixam neste perfil, que trabalham na Jovem Pan, um veículo de comunicação que tornou-se a imagem da notícia e do bom senso jornalístico. Muitos os têm como “bolsonaristas” simplesmente porque eles são obrigados, dia e noite, a contrapor ações do nosso judiciário, de políticos e da outra banda da imprensa, justamente a que me refiro por estarem se maculando com sua atuação militante e tendenciosa. Em comum, estes profissionais, são conservadores e patriotas, que prezam por valores como a liberdade e o bom desempenho do seu trabalho. Questão até de consciência.  

Até onde sei, jornalistas como os experientes Alexandre Garcia, Augusto Nunes, J.R. Guzzo e José Maria Trindade, tem compromisso com a verdade e são respeitados por isso. Na esteira deste respeito, comungam outros, até mais jovens, independentemente de suas formações acadêmicas, como Guilherme Fiúza, Ana Paula Henkel, Roberto Motta, Rodrigo Constantino, Marco Antonio Costa, Cristina Graeml, Caio Copolla e Jorge Serrão.

Por outro lado, numa demonstração de equilíbrio, o Grupo Jovem Pan abre espaço para jornalistas com tendência de pensamentos contrários dos citados acima, até mesmo para abrir o debate, salutar a qualquer democracia. Neste campo, podemos citar os comentaristas Miguel Daoud, Diogo Schelp, Amanda Klein, Guga Noblat e Fábio Piperno. Atrevidamente, divido-os em duas classes: a dos jornalistas legalistas e dos militantes com aquele temperinho de extremismo.

Os legalistas, no caso, o Daoud e o Schelp, tratam os temas apresentados sempre de forma pragmática (em excesso), sem nenhuma prática de flexibilização em seus comentários. Por exemplo, se o STF tomar determinada decisão (ultimamente, de forma rasteira), não se busca na reflexão se tal decisão tem amparo legal, se há algum atendimento de interesses pessoais ou políticos, quase levando ao pé da letra que decisão judicial é para ser cumprida, e ponto final! Certamente, entendem a si próprios como pessoas de bom senso, equilibrados, etc. Não há lugar, para eles, a outra base para discussão. Ambos, tem um tom sóbrio e sério, e claro, não estou colocando a questão de caráter aqui, pois seria incapaz de cometer leviandade com quem quer que seja. Isso fica implícito quando buscam sempre uma maneira de justificar seus comentários em fatores que margeiam, segundo eles, a tal decisão. Sempre tem uma!

Já os militantes como a Amanda, o Piperno e o Noblat, com estes não tem conversa. O terceiro da lista, o Noblat, tem um agravante; é mau-caráter! Suas intervenções são carregadas de agressividade, arrogância e irresponsabilidade. Um inconsequente e estúpido! Nada que seja conflitante com o que defendem, tem um mínimo de condescendência. Seja no âmbito do judiciário, do legislativo ou da imprensa, eles extraem o máximo de pontos para desqualificação do alvo de suas preferências. Para eles, por exemplo, tudo que atinja o presidente da república e o governo federal está certo, e nada que é a favor, tem mérito algum. É, ao mesmo tempo, constrangedor e é pau puro!!!

Encontrei nas tão polêmicas pesquisas eleitorais, uma meada que os coloca os quatro numa sinuca de bico.

Publico abaixo, um levantamento de oito empresas (nada de institutos de pesquisas), que divulgam seus números, atualizado, para presidência da república. Aos quatro, o ceticismo atinge apenas aqueles resultados que “beneficiam” seus candidatos. Do contrário, é uma loucura buscar diversos fatores para justificar o contraditório das pesquisas que lhes agradam. Quase vira um jogo de quebra-cabeças para eles. É um tal de comentar a pesquisa apenas sob alguns aspectos (na camada mais pobre, na idade de tanto a tantos anos, na escolaridade, enfim...).

E tudo isso, debaixo do que nossos olhos veem quando uma multidão vai às ruas para ver o candidato presidente, em qualquer lugar ou circunstância.

Acompanhe os números do levantamento, e compare. Em tempo: a diferença entre o máximo apurado a favor do candidato Lula e o máximo do apurado para Jair Bolsonaro é de 21,10 p.p.

É nesse intervalo de 21,10% que estes comentaristas se enrolam todo.

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Articulista

@ssicca no Twitter

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