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As pesquisas continuam a desafiar jornalistas legalistas e militantes?

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Atrevidamente, vou recorrer novamente a imprensa profissional e confiável, desta vez, à Jovem Pan e também à Gazeta do Povo. Tentando compreender o visível constrangimento de profissionais como Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Cristina Graeml, J. R. Guzzo e tantos outros, que se veem obrigados a ocupar seu papel jornalístico a rebater, todo santo dia, a tantas ações e movimentos foras da lei no país.

Com competência que lhe é peculiar, estes jornalistas se desdobram para, ao mesmo tempo, contrapor às maledicências, mentiras e covardias que são impostas a tanta gente, de toda ordem, ainda tem a capacidade de dar a notícia daquela determinada situação.

Mas, o escabroso da bancada oposta, a de jornalistas legalistas e militantes destes veículos, e claro, precisamos enfatizar aqueles que atuam em outros veículos de comunicação, é que eles não ficam com a cara vermelha para tentar, das mais diversas formas justificar as discussões, mesmo por mais óbvias que elas sejam, o que causa irritação e o enojar dos leitores e telespectadores, por suas posturas. E de novo, não tem como não deixar de citar os comentaristas que se sujeitam a enlamear o próprio nome para defender o indefensável ou suas próprias ideologias. Não obstante, levo em consideração meu respeito ao direito de qualquer um em emitir suas opiniões e pontos de vista, mas não é o que se vê, pela gratuidade do oposicionismo das manifestações de pessoas como Miguel Daoud, Diogo Schelp, Amanda Klein, Guga Noblat e Fábio Piperno. Perdem a oportunidade de mostrar dignidade mesmo por pensar diferente.  

Recorrentes manifestações destes comentaristas, muitas vezes contraditórias e que beiram à hipocrisia, não deixam brechas para entender a que vieram no jornalismo: apoiar a derrubada de um presidente eleito, democraticamente, com mais de 57 milhões de votos!

Nesta manhã, tive o desprazer de escutar a dona Amanda Klein querer dar lição de moral ao alegar que religião não se mistura à política, e outras balelas mais, e concomitantemente, atacar o presidente da república e a primeira dama do país, por serem os dois, assumidamente, cristãos. Ora... só resta-me parabenizar seu oponente de bancada naquele momento, Roberto Motta, que se esforça para continuar sereno e equilibrado. Amanda monta em seu cavalinho tatuado de liberdade de expressão, para galopar, levantando poeira de narrativas e discursos enfadonhos.

Levantei uma tese, para provar que os comentaristas citados acabam se enrolando nas próprias palavras, quando percebi que a credulidade destas figuras nas pesquisas é vista de uma maneira, quando desfavorecem o candidato da situação (alvo deles), e de modo titubeante, quando o favorecem. Quase gaguejantes, tentam desqualificar tais números. Passei dias na expectativa de ver um deles comentar uma pesquisa que se aproxima da percepção popular, onde o presidente Bolsonaro é realmente o favorito para ser reeleito.

Mas os encontrava em dias onde as pesquisas divulgadas lhes eram convenientes; as datafoia da vida. Até que ontem, o comentário foi sobre a pesquisa da empresa Brasmarket (a que mais se aproxima de uma realidade visual e perceptiva). O premiado do dia era o Diogo Schelp. Ele, com sua habitual frigidez intelectual, disse que por ver pesquisa tão diferente da maioria das outras (esqueceu-se da Paraná Pesquisas, neste momento) foi “estudar” a Brasmarket. “Descobriu”, segundo ele, que a empresa estava inativa há muito tempo, e por isso não teria como avaliar comparativamente com pesquisas anteriores, pois a Brasmarket, “aparentemente” (precisa estudar mais) só agora veio a divulgar pesquisas. Quando digo que se enrolam, é verdade! Se buscou um meio de comparar com pesquisas anteriores para fazer uma avaliação, deveria considerar que as que ele confia (de novo, as datafoia da vida), ele não poderia embasar seus comentários neste sentido, uma vez que estas mesmas empresas erraram, flagrantemente, seus números divulgados em eleições passadas. Que incoerência, hein, sr Schelp?

Na publicação passada (leia aqui - https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/41886/jornalistas-legalistas-e-jornalistas-militant...), eu apontei o intervalo de 21,10% (maior diferença a favor do 9 dedos e a maior diferença a favor de Bolsonaro), como o marco da enrolação deles.

Neste levantamento de agora, este intervalo aumentou ainda mais. Agora são 28% cravados para tropeçarem. Não está fácil para eles. Veja o quadro:

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Articulista

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