Quebrando o país para combater a epidemia

A suposição da continuidade das práticas criminosas justificam as prisões preventivas

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Na fase mais recente da Operação Lava-Jato, o Grupo de Curitiba, capitaneado pelo Juiz Sérgio Moro, extrapolou a sua competência jurídica, baseado no apoio da sociedade. Apesar desse, corre o risco de derrotas nas instâncias superiores por falta de provas suficientes para embasar suas decisões.

A prisão preventiva dos Presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez se baseia na suposição de que as práticas criminosas de corrupção, formação de cartel e lavagem de dinheiro continuam. Razões pelas quais os mesmos devem permanece presos, sem prazos, para que não prossigam nessas práticas. 

Os crimes ocorridos anteriormente justificariam uma prisão temporária. A continuidade dos crimes a prisão preventiva. 

O Juiz Sérgio Moro foi além. Questionou a presença do Grupo Econômico no programa de concessões, recém lançado pelo Governo, lançando a suspeita de que esse programa estaria comprometido pelas práticas corruptivas, com a presença de integrantes desses grupos.

Com o objetivo de limpar de vez a corrupção nas obras públicas, ansiado pela sociedade, o Grupo de Curitiba não se peja em "quebrar" o Brasil. 

Entende que se for necessária essa quebra para purgar de vez os seus males, deve quebrar. 

A culpa não seria deles, mas dos governos petistas que contaminaram amplamente o país com a doença da corrupção. Como uma endemia que vem sendo combatida, para evitar a sua disseminação maior ainda é preciso destruir, queimar as roupas, móveis e outros elementos usados pelos doentes.

E manter esses em isolamento. 

Jorge Hori

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Jorge Hori

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