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Hoje o Rio de Janeiro; amanhã o Brasil

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Observe os números do Governo do Estado do Rio de Janeiro, exibidos pelo colunista José Casado na edição desta terça-feira (08) do jornal ‘O Globo’:

➭ Em 2015, cada um dos 470 mil funcionários públicos estaduais custou quase R$ 2 mil por habitante fluminense;

➭ O Rio de Janeiro tem mais servidores inativos (246,7 mil) do que servidores em atividade (223,6 mil);

➭ Entre os servidores inativos, há aposentadorias que chegam a R$ 75,5 mil em órgãos extintos da administração estadual;

➭ Entre os ativos-efetivos, há inconstitucionais supersalários de R$ 48,7 mil na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, R$ 47,2 mil na Fazenda estadual, R$ 41,9 mil no Detran RJ, R$ 39 mil na Procuradoria-Geral e R$ 38,2 mil no Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro;

➭ Em setembro, no Executivo, Legislativo e Judiciário estaduais foram registrados 312 tipos de vantagens, gratificações, auxílios, adicionais e abonos à margem da remuneração convencional. Contam-se, por exemplo, 188 variedades de gratificações e 42 auxílios;

➭ O Palácio Guanabara sequer sabe informar o valor das renúncias fiscais concedidas nas últimas três décadas, quando o governo estadual foi tomado por populistas e corruptos de primeira grandeza. O Tribunal de Contas fluminense (TCE RJ) estima que foi pelo ralo algo entre R$ 47 bilhões e R$ 185 bilhões.

[Fonte: José Casado, O Globo (veja aqui)] 

Se você classifica a situação política, administrativa e financeira do Rio de Janeiro como caótica e bizarra, cumpre ressaltar: não é nada diferente da atual situação do Governo Federal e dos demais Estados e Municípios brasileiros. E pior: ninguém quer abrir mão de seu naco nas tetas e não há sequer vestígio de consenso sobre quais seriam as reformas institucionais necessárias para tirar pelo menos o nariz da lama.

Noutras palavras, o que estamos assistindo no Rio é apenas o primeiro urubu de uma crise que atingirá todo o Brasil a partir de 2017.

P.S.: Enquanto isso, Michel Temer manda contratar, por quase R$ 600 mil e sem licitação, uma leva de artistas para uma rodinha de Samba no Palácio do Planalto (veja aqui). 

É de lascar!

Helder Caldeira

da Redação Ler comentários e comentar