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Sem a presidência e fora do congresso, Tebet e Ciro tem apenas dois caminhos a seguir… o do bem ou o do mal

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Entre todos os desempenhos apresentados pelos candidatos à presidência neste primeiro turno, o mais enganoso foi o de Simone Tebet.

Ah, mas ela teve quase 5 milhões de votos (4,16% dos votos válidos) e desbancou Ciro Gomes, que estacionou nos 3 milhões e 600 mil votos (3,1%), dirão alguns.

É fácil explicar, justamente com base nos números.

O desempenho de Ciro traz a primeira parte da resposta.

O candidato que historicamente contava com 10% do eleitorado brasileiro e costumava ocupar este terceiro posto no cenário presidencial, simplesmente derreteu. E o motivo foi a falta de um posicionamento claro sobre quem apoiaria em eventual segundo turno.

Ciro conseguiu manter aquele petista cansado de Lula e com vontade de mudar para uma esquerda menos radical, estatizante e corrupta e que buscava na figura do político cearense uma administração mais responsável e alinhada ao crescimento econômico sem malabarismos populistas e conchavos com empreiteiras e ditaduras de esquerda.

Assim, aqueles outros 7% que sempre estiveram com ele e que deixou de angariar neste domingo retornaram ao ex-presidiário, na forma de voto útil (aquele esquerdopata que não vota em Bolsonaro de jeito nenhum).

O que nos leva à segunda parte da resposta, desmascarando o desempenho de Simone Tebet.

O primeiro fato concreto é que a candidata não conseguiu ‘roubar’ eleitores de Ciro. E mesmo que tivesse conseguido uma pequena parcela, é preciso ressaltar que a soma de seus votos ao do candidato do PDT ficou em apenas 7%, bem abaixo do que ele, sozinho, costumava fazer nas disputas presidenciais.

Simone perdeu, e muito, nesta eleição, ao contrário do que dirão os analistas ‘mais empolgados’ da velha mídia.

O desempenho no próprio estado confirma isso. Vejam esses números:

Senadora eleita em 2014 com 640 mil votos pelo Mato Grosso do Sul, agora como candidata a presidente, ela não conseguiu manter a confiança de sequer 10% desses eleitores no pleito deste domingo (2). Foram apenas 79.719 votos.

Assim, a partir de 2023 ela sequer terá um cargo político para utilizar como palanque, enquanto assistirá sua cadeira no senado ser ocupada por Tereza Cristina, ex- ministra de Jair Bolsonaro, eleita com mais de 829 mil votos.

Logo após a derrota de ontem, Simone veio a público e disse que já escolheu um lado para este segundo turno e cobrou que os presidentes das legendas que formaram a federação de apoio à sua candidatura (MDB / PSDB / Cidadania) se manifestem em até 48 horas.

Ela afirmou ainda que sua decisão tem como base ‘os resultados que viu nas urnas e o recado dado pelos eleitores’, mas não ficou claro se ela se refere aos votos a favor do descondenado com leve preferência do eleitorado no Norte e apoio maior no Nordeste, ou se está falando da surra que Bolsonaro deu em seu adversário, angariando a maioria das cadeiras no congresso nacional e o apoio significatívo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O anúncio dos partidos deve ser com base apenas na política e não nos candidatos. Assim, a tendência é de que ocorra uma liberação, ficando a critério das locais. Governadores, deputados e senadores eleitos dentro dessas legendas optarão por apoiar Bolsonaro ou o PT.

Mas, como dito acima, ela ainda vai anunciar sua escolha. O que a coloca entre a ‘entre a cruz e a espada’, pois seu orgulho talvez a impeça de declarar voto no atual presidente, principalmente depois do papelão que cometeu na CPI da Pandemia, abusando das narrativas para atacar Bolsonaro, enquanto defendia que não se investigasse casos de corrupção, como o escândalo dos respiradores no Consórcio Nordeste, ocorrido no seio do PT e de partidos de esquerda, com a participação de governadores.

Há que se destacar ainda a sua linha de conduta durante a campanha e nos debates, em que o capitão também foi o alvo preferido, enquanto os malfeitos de Lula ficaram relegados a um segundo plano.

Por outro lado, considerando que agora passa a depender ainda mais de seu próprio estado para ‘não encolher politicamente', declarar apoio aberto ao marido de Janja será um tiro no próprio pé.

Isso porque o minguado número de votos que obteve no MS mostra que seus antigos eleitores, majoritariamente apoiadores de Bolsonaro, não perdoaram a ‘traição’.

Da mesma forma, tem que se ressaltar que o estado tem no Agronegócio a sua força e, considerando que Lula fez inúmeras declarações contra este setor da economia, apoiá-lo é ir contra quem poderá ‘financiar’ sua 'volta à Brasília'.

Considerando todo o cenário acima, Ciro e Tebet sofreram derrotas dolorosas neste domingo, a ponto de ‘perder o rumo do próprio futuro político’.

Terão que escolher entre o bem ou o mal…

Ciro deverá se retirar, abstendo-se da escolha… e com isso, conclui-se que grande parte dos eleitores que permaneceram firmes ao seu lado e que execram o lulopetismo, tendem a optar pelo voto útil em Bolsonaro.

Já Simone, quem diria, talvez já tenha recebido alguma promessa de bastidores (um ministério, talvez?) e, ao que tudo indica, deverá escolher o mal.

Seus eleitores, entretanto, não tendem a seguí-la se essa ‘insanidade’ se confirmar.

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Foto de Uélson Kalinovski

Uélson Kalinovski

Jornalista desde 1996, com especialização em Ciência Política e mais de uma década de experiência na cobertura dos temas nacionais, em Brasília.
Executivo da produtora UK Studios, em Jundiaí/SP.
ukalinovski@gmail.com / Uelson Kalinovski (Facebook e YouTube) / @uelsonkalinovsk (Twitter)

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