Dos EUA, Zambelli emite nota em defesa da liberdade e faz duras críticas a Moraes

07/11/2022 às 06:52 Ler na área do assinante

Como já noticiado aqui no JCO, a deputada federal Carla Zambelli está em Washigton, a capital dos Estados Unidos, desde o início da semana passada, para apresentar documentos e denunciar que os cidadãos brasileiros e, principalmente, os parlamentares e lideranças conservadores estão sendo ‘silenciados’ pelas instituições, a partir de decisões judiciais que vão desde a proibição de falar sobre determinados assuntos até o bloqueio ou banimento definitivo de contas e canais na Web.

O objetivo é cobrar providências junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos e fazer o gravíssimo fato chegar ao conhecimento de outros países, considerando que as mídias tradicionais não estão fazendo a cobertura e veiculação do assunto.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a parlamentar fez circular uma nota oficial com mais detalhes de sua viagem.

O comunicado contém ainda duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Leia na íntegra:

O Brasil vive um processo de descumprimento de direitos humanos por vias institucionais corrompidas e aparelhadas.
A liberdade de expressão é um desses direitos adquiridos e qualquer manifestação de ideias, seja por conversas privadas ou debates públicos, deve ser permitida e não pode ser previamente censurada por nenhum órgão de Estado.
Eu sou a mulher mais votada do Brasil para o cargo de deputada federal e estou impedida de me comunicar com meus mais de 9,5 milhões de seguidores em 7 redes sociais, o que configura claro ataque ao Estado Democrático de Direito.
A implantação do cerceamento total da liberdade de expressão me obriga a entregar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos um documento com relatos sobre a violação de direitos básicos no Brasil.
Infelizmente, não contamos com a ajuda da maior parte da imprensa brasileira, que outrora se dizia vigilante, mas hoje se cala diante das decisões arbitrárias e autocráticas de Alexandre de Moraes, que, em seu passado recente como secretário de segurança pública em São Paulo, teve seu então escritório de advocacia envolvido em denúncias por defender empresa acusada de estar ligada à facção criminosa PCC e fazer parte de um esquema de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro em ao menos 123 processos na área civil.
As redes sociais não podem ser palco para ações ditatoriais com fins obscuros de controle social.
Carla Zambelli

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